Economia

Haddad defende harmonia entre Poderes para avanço do País

“Meu otimismo com o Brasil depende do nosso otimismo em relação à política"

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, em evento em São Paulo nesta terça-feira (6), que o avanço e a modernização da economia brasileira só serão possíveis se os Três Poderes da República seguirem uma trajetória conjunta e harmoniosa. Ele enfatizou a importância do diálogo entre o Executivo e o Legislativo para impulsionar a agenda econômica do país e assegurar um crescimento sustentável nos próximos anos.

“Nos últimos dez anos, entendo que a crise foi muito mais política do que econômica. Houve uma espécie de sabotagem mútua. Nosso esforço é para os Três Poderes se entenderem. Se isso continuar acontecendo, sou muito otimista com a política brasileira. Mas a política precisa ajudar”, disse Haddad durante evento e completou: “Meu otimismo com o Brasil depende do nosso otimismo em relação à política. É ela que tem de funcionar para que os resultados sejam alcançados”.

O chefe da pasta ainda defendeu uma revisão abrangente do sistema tributário brasileiro e expressou confiança no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2024.

O ministro ressaltou que atualmente é o Congresso quem define o resultado primário do país, através da aprovação do Orçamento e das leis de equilíbrio fiscal. Ele enfatizou a necessidade de um alinhamento entre o Congresso, o Banco Central e o Executivo para fortalecer suas ações.

“Depende do ministro da Fazenda apresentar um plano de trabalho, debater esse plano e buscar o resultado. Quem define o patamar de emendas? É o Congresso. Quem vai definir o destino do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e da reoneração? É o Congresso. Vamos de novo nos desarmonizar? Penso que não é o melhor caminho”, concluiu.

Em meio às tensões entre o governo federal e o Congresso, especialmente relacionadas às discussões sobre emendas parlamentares e desoneração da folha de pagamento das empresas, Haddad destacou que a responsabilidade não cabe exclusivamente ao ministro da Fazenda.

“Depende do ministro da Fazenda apresentar um plano de trabalho, debater esse plano e buscar o resultado. Quem define o patamar de emendas? É o Congresso. Quem vai definir o destino do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e da reoneração? É o Congresso. Vamos de novo nos desarmonizar? Penso que não é o melhor caminho”, concluiu.

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