Haddad discute pauta econômica do segundo semestre com Lira

Entre as prioridades previstas para os próximos meses estão a conclusão da votação do novo arcabouço fiscal e do marco legal das garantias de empréstimos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encontrou-se fora da agenda oficial nesta quarta-feira (19) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para alinhar a votação de pautas econômicas no segundo semestre. Entre as prioridades previstas para os próximos meses estão a conclusão da votação do novo arcabouço fiscal e do marco legal das garantias de empréstimos.

Os dois temas foram aprovados pelo Senado e voltaram à Câmara. “Acabei de vir da residência [oficial] do presidente Arthur Lira para discutir a agenda do segundo semestre. Uma coisa que nós temos expectativa que seja votada é o Marco de Garantias”, declarou o ministro ao voltar do encontro. As informações são da Agência Brasil.

Mais cedo, Haddad almoçou com o novo diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, que tomou posse na semana passada. Segundo o ministro, a nomeação do ex-secretário executivo da Fazenda para o BC tem como objetivo aproximar as equipes dos dois órgãos e evitar ruídos de informações.

“O objetivo de Galípolo estar no Banco Central é aproximar as equipes, ter uma interação maior, trocar informações. Nem sempre as informações batem”, declarou.

Haddad reiterou que a desaceleração da atividade econômica está forte e que Galípolo “será uma ponte muito importante” num momento que exige cautela.

Por protocolo do Banco Central aplicado aos diretores, Galípolo saiu do almoço sem falar com a imprensa.

Haddad: Desenrola pode “limpar” até 2,5 mi de CPFs com dívida de R$ 100

Haddad afirmou, na segunda-feira (17) que o novo programa de renegociação de dívidas do governo federal, o Desenrola, pode “limpar o nome” de até 2,5 milhões de pessoas físicas que estão com débitos de até R$ 100 com bancos.

Nesse sentido, os números levam em consideração os clientes ligados aos principais bancos do país. De acordo com Haddad, o programa poderá ajudar de 1,5 milhão a 2,5 milhões de pessoas que estão nessa situação. 

“Se todos os grandes bancos aderirem, estamos falando de cerca de 2,5 milhões de CPFs”, afirmou o ministro.

Haddad destacou em coletiva de imprensa nesta segunda, que o volume final de nomes limpos vai depender da adesão do Nubank ao programa, já que o banco digital possui, sozinho, 1 milhão de CPFs negativados por baixos valores.

Desse modo, a primeira fase do programa do governo destinado para quem tem dívidas com bancos, deu início nesta segunda. Portanto, essa etapa prevê que os bancos participantes retirem da lista de negativados os nomes de devedores pessoa física com pendências de até R$ 100.