Guerra comercial

Haddad diz não ver risco de recessão no Brasil

Haddad também destacou que o risco seria global e não exclusivo para o Brasil, em um cenário onde a disputa tarifária continue

Fernando Haddad
Fernando Haddad / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Fernando Haddad (PT), chefe da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira (23) que não enxerga uma possibilidade de uma recessão no Brasil, como efeito da escalada da guerra comercial entre China e EUA, que no momento negociam um acordo.

“Não vejo risco de recessão no Brasil. Obviamente estamos olhando a situação e temos que verificar como as tensões vão se acomodar. Difícil acreditar que as tarifas mútuas vão se manter. É algo que desorganiza demais as cadeias produtivas globais”, disse o ministro.

Além disso, durante sua participação no “CNN Talks – Especial CNN Money: Pulso Econômico | As Novas Regras do Jogo”, Haddad também destacou que o risco seria global e não exclusivo para o Brasil, em um cenário onde a disputa tarifária continue e se intensifique.

Para o Governo Federal, essa disputa entre os países parceiros do Brasil abre uma oportunidade para aumentar as exportações do País.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diz não ter preferência entre China e EUA.

“Eu quero vender e comprar. Eu não quero fazer opção entre Estados Unidos ou China. Eu quero ter relações com os Estados Unidos, quero ter relação com a China. Eu não quero ter preferência sobre um ou sobre outro. Quem tem que ter preferência são os meus empresários que querem negociar”, disse Lula, em declaração à imprensa nesta terça-feira (22), ao lado do presidente do Chile, Gabriel Boric.

Haddad: Fazenda ainda não discute ausência de recursos para saúde em 2027

O ministro da FazendaFernando Haddad (PT), declarou nesta quarta-feira (16) que o governo está tomando providências para acertar o orçamento “à medida que cada etapa for cumprida”.

O ministro também afirmou que a Fazenda não discute especificamente a possibilidade de faltar R$ 10,9 bilhões para os níveis mínimos de gastos com saúde e educação.

Essa estimativa consta nas projeções iniciais do governo para o Orçamento de 2027, no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, como apontou a reportagem de O Globo.

“A cada etapa que for cumprida, nós vamos tomando providências para acertar o orçamento. Não abrimos discussão sobre isso, estamos trabalhando. Tem muitos desafios pela frente, como a questão dos precatórios”, disse Haddad a jornalistas, de acordo com o Valor.

Além disso, o ministro defendeu que o peso dos precatórios e das emendas parlamentares sobre o orçamento do governo deve ser debatido com a população.

“Não existia, em um passado recente, um volume de precatórios e de emendas. São coisas que precisam ser conversadas”, declarou.