O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta terça-feira (29), que o tema de um novo pacote de medidas de corte de gastos está avançando com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ainda não há uma data prevista para a divulgação.
“Tenho várias reuniões com ele [Lula] nesta semana. Devo encontrar com ele amanhã”, disse Haddad em conversa com jornalistas em Brasília. O ministro refutou o uso da palavra “pacote” para definir as medidas sob análise.
“Ele [Lula] está pedindo informações e a gente está fornecendo ass informações que ele está pedindo. Não tem uma data. É ele quem vai definir”, afirmou Haddad, segundo o “InfoMoney”.
Mais cedo nesta terça-feira, foi noticiado que o corte seria entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões, números que Haddad rechaçou durante a entrevista. Segundo ele, não foram divulgados números porque isso só acontece com uma decisão tomada.
Haddad apontou que a reunião com Lula na segunda-feira (29) foi “boa, realmente boa”. A ministra Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) afirmou recentemente que um pacote de medidas seria apresentado a Lula após as eleições municipais.
Haddad espera aval de Lula para cortar até R$ 50 bi nas despesas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aguarda o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para decidir o tamanho do corte nas despesas do governo, bem como quais serão os alvos. A pasta prevê um pacote entre R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões.
Lula e Haddad tiveram uma reunião de duas horas na segunda-feira (28), no Palácio da Alvorada, a fim de discutir as medidas fiscais que serão tomadas. A ideia era que o pacote fosse apresentado ao Congresso após o segundo turno das eleições, portanto, esta semana é considerada chave para a tomada de decisão.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), declarou na segunda-feira (28) que é hora de “ter coragem para cortar gastos ineficazes” e liberar espaço para novas prioridades, como investimentos essenciais.
Na ocasião, a ministra reforçou seu lema de que “não existe social sem fiscal” e afirmou que apenas o investimento público não pode cobrir todas as necessidades do país.
“Os números mostram que o que precisava dar certo, deu. Agora precisamos ter coragem de cortar o que é ineficiente”, destacou Tebet, de acordo com o “Valor”.
Ela também enfatizou a necessidade de revisar políticas públicas. “Erros e fraudes já foram cortados; agora precisamos ter coragem para cortar políticas insuficientes e ineficazes, a fim de investir em áreas como infraestrutura. Como lembrou um importante veículo de comunicação, é necessário dobrar o investimento no país, e para isso, precisamos de parcerias”, completou Tebet.