O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou na noite desta segunda-feira (25) que a “reunião com o presidente Lula foi definitiva”. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa, realizada logo após o encontro com ministros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir medidas de contenção de gastos públicos do Governo Federal.
Segundo Haddad, o texto está “redigido na Casa Civil” e será apresentado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira. “Propostas de cortes de gastos serão apresentadas para Pacheco e Lira”, afirmou o ministro. Apesar da pressão para detalhar o conteúdo das medidas, Haddad preferiu não antecipar as decisões.
A reunião ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença de importantes ministros do governo, incluindo Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Gustavo Guimarães (secretário-executivo do Ministério do Planejamento). A ministra Simone Tebet (Planejamento), titular da pasta, não participou, pois cumpria agenda em São Paulo, onde lançou seu livro O Voo das Borboletas.
Além disso, Haddad levou ao encontro dois de seus principais auxiliares: Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda, e Guilherme Mello, secretário de Política Econômica. Ambos foram fundamentais na elaboração do pacote fiscal que será divulgado nos próximos dias.
Haddad confirma vale-gás e supersalários no pacote fiscal
Haddad destacou, durante a coletiva, que o pacote incluirá o “vale-gás” e os “supersalários” como parte das medidas de contenção. Segundo ele, os formatos escolhidos serão uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei Complementar. “Essas medidas foram minuciosamente planejadas para equilibrar as contas públicas sem comprometer direitos essenciais”, declarou o ministro, de acordo com o “Broadcast”.
O pacote é aguardado com grande expectativa pelo mercado financeiro, já que a divulgação das medidas foi adiada diversas vezes. Segundo analistas, é provável que as propostas estejam alinhadas com o que o mercado já espera, considerando as recentes sinalizações de Haddad.
Para o governo, a implementação dessas medidas será crucial para assegurar o cumprimento da meta fiscal de 2024 e recuperar a credibilidade econômica do país.