O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, foram eleitos os “melhores do ano” na América Latina em seus respectivos cargos pela revista LatinFinance.
A publicação reconheceu Haddad por sua “habilidade em fazer as reformas com um estilo pragmático e moderado em um ambiente ainda polarizado no Brasil”. O resultado, segundo a LatinFinance, tem sido positivo para o Brasil, com crescimento econômico acima do esperado e inflação mais controlada.
A revista destacou, ainda, o avanço da pauta econômica no Congresso Nacional, com a aprovação do novo Marco Fiscal e da reforma tributária – que ainda precisa passar pelo crivo do Senado.
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“Como membro proeminente de um governo de esquerda, sua primeira missão foi convencer os investidores de que seguirá uma agenda política fiscalmente responsável”, diz a LatinFinance sobre Haddad.
“Prudência e independência”
Campos Neto, por sua vez, foi premiado graças à prudência e à independência do BC. A revista avalia que graças ao seu trabalho, o Brasil pôde iniciar o ciclo de queda da taxa básica de juros antes de algumas das principais economias do mundo.
Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano, depois de duas reduções consecutivas de 0,5 ponto percentual, em agosto e setembro, com mais cortes à vista.
“Campos Neto tem estado à frente da curva no combate à inflação”, afirmou a revista, segundo o qual o presidente do BC é, “de longe”, o melhor comandante entre todos os bancos centrais da América Latina e do Caribe.
Desde o início do ano, Campos Neto vem sendo duramente criticado por integrantes do governo e do PT, inclusive pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma trégua parece ter sido selada a partir da primeira reunião entre ambos, no fim de setembro, no Palácio do Planalto, em encontro intermediado justamente por Haddad.
A LatinFinance é uma publicação especializada nos mercados financeiros e nas economias da América Latina e do Caribe. O prêmio é concedido a partir de consultas a investidores e analistas do mercado na região.
No ano passado, Roberto Campos Neto já havia sido eleito o melhor presidente de BC da América Latina.
