Em conversas reservadas, Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, tem realizado projeções mais conservadoras para a Selic (taxa básica de juros) até o final de 2024. A autoridade levantou a tese de que o indicador possa ficar em 9,75%.
Contudo, tanto Haddad quanto seus aliados torcem por um ritmo mais forte da redução por parte do BC (Banco Central). Talvez até para 9%.
A avaliação é que o indicador de juros básico brasileiro nesse patamar seria o suficiente para assegurar um ambiente favorável ao avanço econômico do país.
As expectativas para uma redução no ritmo da Selic vieram após a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC, que houve uma nova redução de 0,5 p.p (ponto percentual) na Selic, indo para 10,75%.
Entretanto, a ata da reunião trouxe indicativos de que esse ritmo será menor nos próximos cortes. Segundo a “CNN”, o documento foi duramente recebido por colegas de partido do ministro.
Alguns agentes políticos acreditam que a desaceleração da Selic pode prejudicar a agenda econômica do governo.
Haddad critica articulação de Campos Neto sobre autonomia do BC
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta quarta-feira (27) que Campos Neto, presidente do BC (Banco Central), cometeu um arro ao ignorado o governo em relação à articulação da PEC da autonomia financeira autarquia no Congresso Nacional.
Haddad afirmou que a movimentação polícia do presente do BC não foi bem vista pelo governo e que “não é menos importante” por ser “questão de protocolar”.
“Eu fui o promotor da aproximação do Roberto com o governo, em geral, e com o presidente da República, em particular. Eu penso que, em se tratando da Constituição do país, haveria uma conversa prévia. E não houve. Foi isso o que eu disse para o Roberto”, afirmou Haddad, em entrevista à “CNN”.
Campos Neto se antecipou na negociação com senadores para que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que trata da autonomia orçamentária para a autarquia, avançasse. O movimento desvincula a relação do BC com o Poder Executivo, incluindo autonomia referente a condução da política monetária.
Além do “atravessamento”, o ministro declarou que não concorda com alguns dispositivos.