Crescimento econômico

Haddad: governo pode rever projeção para PIB mais uma vez

A previsão atual é de um crescimento de 3,2%, mas Haddad vê potencial de que o Brasil supere a marca; o FMI tem a mesma previsão para a média global

Fernando Haddad anunciou congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad/ Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), indicou que pode haver uma revisão nas previsões de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano. As últimas estimativas indicavam um crescimento de 3,2%, seguindo a projeção do BC (Banco Central).

Haddad assumiu uma postura otimista sobre o potencial do País em superar a marca do PIB.

“Talvez a gente tenha que rever mais uma vez o PIB deste ano”, afirmou. “Não tem por que não mirar uma taxa de crescimento no mínimo acima da média mundial. Estivemos muito tempo abaixo”, comentou o ministro em evento do Itaú BBA Macro Vision 2024, nesta segunda-feira (14).

Em paralelo a isso, o FMI (Fundo Monetário Internacional) também tem a mesma previsão para o crescimento econômico na média global deste ano, 3,2%.

Outro destaque sobre o qual Haddad comentou foi sobre o avanço do Brasil e que a inflação deste ano deve ser a menor desde 2022. Segundo ele, mesmo com a inflação podendo atingir o teto da meta – em 4,5% – e o desastre ocorrido pelas chuvas no Rio Grande do Sul, no qual o problema já “está contornado”.

Na visão do mandatário da Fazenda, há condições favoráveis para o crescimento. Além das questões internas sendo “resolvidas”, ele indicou que a parceria com o judiciário no último ano fez “afastar” R$ 1,4 trilhão em riscos fiscais de natureza judicial, segundo a “CNN Brasil”.

“Temos um conjunto de projetos de investimento represados com altas taxas de retorno. Há interesse internacional sobre o Brasil, especialmente em certas regiões do globo”, afirmou Haddad.

Haddad sobre inflação: ‘juro não faz chover’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta quarta-feira (9) que a alta inflação do mês de setembro “é temporária” e foi fortemente impactada pela seca que assola o Brasil. “Juro não faz chover”, destacado.

A fala de Haddad se refere ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador econômico apresentou alta de 0,44% em setembro, após registrar deflação de 0,02% em agosto.

O chefe da área econômica destacou que o BC (Banco Central) deve ter “cautela” para não tomar uma “decisão equivocada” em função de uma questão climática sazonal.

“Até aqui, a economia vai bem e os preços estão controlados. Estamos com a questão da seca. O dado de hoje do IPCA demonstra, claramente, que os núcleos estão bem comportados, mas a seca está afetando dois preços importantes: a energia e os alimentos. Isso não tem a ver com juros; juros não fazem chover”, disse Haddad, de acordo com o portal R7.

“Isso tem a ver com o choque de oferta, em virtude da seca, o que traz problemas para a inflação”, completou.