Economia

Haddad: indicação de diretores ao BC sairá nos próximos dias

Com as novas indicações, governo passará a contar que 4 das 9 cadeiras do Copom

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta sexta-feira (20), que deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “nos próximos dias” para definir os nomes de mais dois indicados para a diretoria do BC (Banco Central).

“Tenho conversado com o presidente Lula e devemos tomar uma decisão nos próximos dias”, limitou-se a dizer o ministro em entrevista coletiva no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo.

Os dois próximos diretores que deixarão o BC são Fernanda Guardado (Diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Mauricio Moura (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta). Seus mandatos se encerram no dia 31 de dezembro de 2023.

Com as novas indicações, que ainda terão de ser aprovadas pelo Congresso, o governo federal passará a contar, a partir de 2024, com quatro das nove cadeiras do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que define a taxa básica de juros da economia, a Selic.

Neste ano, Lula indicou Gabriel Galípolo (ex-número de 2 de Haddad no Ministério da Fazenda) para a Diretoria de Política Monetária e Ailton de Aquino para a Diretoria de Fiscalização do BC. Ambos também integram o Copom.

Campos Neto: BC estuda introdução da IA no Pix

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, destacou que o órgão regulador está analisando maneiras de incorporar a inteligência artificial ao Pix, a ferramenta de pagamentos instantâneos.

Embora seja uma tendência atual, Campo Neto ressalta que essa iniciativa já estava em andamento e estudos demonstram que os resultados são mais eficazes quando a inteligência artificial é complementada pelo trabalho humano.

“A inteligência artificial está na moda hoje, mas é um processo bastante antigo, e no final das contas entendemos que é importante colocá-la em algum momento para ajudar as pessoas, os processos”, avaliou Campos Neto, durante o XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa.

Nesse sentido, o presidente do órgão regulador afirmou que o Brasil tem um problema de educação financeira e que pode ser resolvido, em parte, por meio da tecnologia de inteligência artificial. Outro ponto é como será a intermediação financeira digital no futuro.

“Uma coisa que é fundamental, é que temos uma exponencialização desse tratamento de dados que está perto de acontecer, que é a mudança do sistema binário do ponto em computação”, disse.