O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reuniu na manhã desta quinta-feira (24) com representantes da agência de classificação de risco S&P Global Ratings em Washington. Segundo o ministro, o encontro foi solicitado pela agência e durou cerca de 30 minutos. Na ocasião, foram discutidos os cenários de médio e longo prazo do Brasil.
Haddad classificou o encontro como “bom”. “Foi um pedido deles (S&P) para esclarecimentos e conhecimento da posição do governo a respeito do ambiente no Brasil. Foi uma conversa rápida”, afirmou, conforme o Valor.
O ministro também mencionou que revisões da nota de crédito do Brasil já foram realizadas e que as agências são independentes. No início de 2024, a agência Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva.
A elevação foi justificada pela melhora significativa no crédito do país, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e as reformas econômicas e fiscais implementadas.
Haddad participa da reunião do G20 em Washington, que ocorre em paralelo à reunião de outono (hemisfério Norte) do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial.
Haddad volta a defender taxação de super-ricos no G20
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu impostos para super-ricos como prioridade e convidou o G20 a assumir “uma nova e ambiciosa agenda de tributação”. Este foi o tom do discurso do ministro nesta quinta-feira (24), na abertura da última sessão da trilha de finanças do G20 em 2024 sob a presidência do Brasil no grupo, que ocorre em Washington, na sede do FMI.
“A desigualdade aumentou dramaticamente em vários países. O Brasil considera esse um tópico particularmente importante. Por isso, defendemos que o G20 assuma uma nova e ambiciosa agenda de tributação. Devemos agir juntos para garantir que os super-ricos paguem sua cota justa em impostos de modo a combater a desigualdade”, afirmou o ministro.
Haddad destacou as ações brasileiras na presidência do G20 em temas como o combate à fome e mitigação das mudanças climáticas.