Contribuição

Haddad: taxa global de 2% sobre super-ricos captaria até US$ 250 bi

O ministro voltou a defender a taxação sobre os super-ricos a fim de levantar recursos para o enfrentamento "à pobreza e à fome"

Fernando Haddad
Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a taxação sobre os super-ricos nesta quarta-feira (24).

Durante encontro de pré-lançamento da Aliança Global Contra a Fome, o chefe da equipe econômica brasileira afirmou que é possível arrecadar de US$ 200 bilhões a US$ 250 bilhões por ano se bilionários pagassem 2% de sua riqueza em impostos.

O montante, segundo Haddad, é cinco vezes maior do que o valor que os dez maiores bancos multilaterais destinaram ao enfrentamento à fome e à pobreza em 2022.

“Outra forma de mobilizar recursos para o combate à fome e à pobreza é fazer com que os super-ricos paguem sua justa contribuição em impostos”, disse o ministro.

Haddad também destacou a importância da 21ª recomposição de capital da Associação Internacional para o Desenvolvimento, do Banco Mundial, considerada a principal organização de financiamento e transferência de recursos aos países mais pobres do mundo.

Segundo ele, a recomposição motivou o interesse do Brasil em voltar a participar.

“Anunciamos que o governo brasileiro já se comprometeu a aportar recursos para a décima-terceira recomposição de capital do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, outro parceiro relevante para o sucesso da Aliança. A atuação conjunta entre esses agentes de financiamento é crucial para ganharmos a escala que precisamos”, destacou Haddad.

Haddad anuncia corte de R$ 15 bi no Orçamento de 2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta quinta-feira (18), após a reunião com a JEO (Junta de Execução Orçamentária), o corte de R$ 15 bilhões do Orçamento de 2024 para o cumprimento do arcabouço fiscal.

“Nós vamos ter que fazer uma contenção de R$ 15 bilhões para manter o ritmo de cumprimento do arcabouço fiscal até o final do ano, consistindo em R$ 11,2 bilhões de bloqueio, em virtude de um excesso de dispêndio acima dos 2,5% previstos no arcabouço fiscal, e de R$ 3,8 bilhões de contingenciamento, em virtude da receita, particularmente em função do fato de que ainda não foram resolvidos os problemas pendentes [sobre compensação da desoneração]”, explicou Haddad, de acordo com o “Metrópoles”.

Nesta tarde, o ministro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), juntamente com outros ministros da equipe econômica, para bater o martelo sobre o quadro fiscal, bloqueios e contingenciamentos no Orçamento.

Na agenda, no Palácio do Planalto, também estavam presentes a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), a ministra da Gestão, Esther Dweck (PT), e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

As áreas em que os cortes serão realizados ainda serão anunciadas na próxima segunda-feira (22), quando o RARDP (Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas) será divulgado.


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