Haddad terá vida dificultada por empresários e agentes, diz colunista

O ministro da Fazenda afirmou que pretende encaminhar uma proposta para tributar os fundos exclusivos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não terá vida fácil no segundo semestre deste ano, um grupo de agentes e empresários está se movimentando contra as propostas de taxação dos fundos offshore, proposta pelo ministro, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Na semana passada, Haddad iniciou as discussões sobre a reforma do Imposto de Renda e anunciou a intenção de enviar uma proposta para tributar os fundos exclusivos, também conhecidos como “super-ricos”, no Orçamento de 2024. A ideia em avaliação no governo prevê que a cobrança de Imposto de Renda sobre esses fundos passe a ser periódica, por meio do chamado come-cotas.

O ministro, no entanto, parece estar preparado. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele disse que a segunda etapa da reforma tributária irá enfrentar resistência de setores que, hoje, o apoiam. “Como um país com tanta desigualdade isenta de imposto de renda o 1% mais rico da população?”, indagou.

Haddad revelou que, diante do desafio de zerar o déficit público em 2024, o governo vai agir visando “corrigir distorções absurdas do sistema tributário” para atingir a meta.

Quaest: mercado aprova ações de Haddad e Campos Neto

Pesquisa realizada pela Quaest apontou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, têm a confiança do mercado. Por outro lado, há grande desconfiando quando se trata do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, a avaliação do governo Lula melhorou, comparado com a pesquisa de maio. Haddad foi aprovado por 65% dos participantes, apenas 11% não aprovaram a atuação do ministro no mês de junho.

Já o algoz do governo Lula, Campos Neto, foi avaliado positivamente por 87% dos participantes da pesquisa, após a decisão de manter a taxa de juros (Selic) em 13,75%, na última reunião do Copom. repetindo Haddad, apenas 11% reprovaram o bancário. É uma unanimidade a crença de que a taxa vai cair na próxima reunião.