No dia 29 de abril, o agente de talentos Bruno de Paula teve seu celular furtado em um semáforo da Zona Norte de São Paulo. Nas redes sociais, Bruno contou como foi vítima de fraudes em suas contas bancárias que chegaram a R$ 143 mil. O desespero maior, segundo ele, é que parte dos recursos foi movimentada quando as instituições já haviam sido notificadas sobre o roubo.
Pessoal: nunca fiz algo assim, mas é o papo mais sério e importante que já postei aqui. Então quem puder dar uma atenção, agradeço de verdade.
Passei 3 semanas em Barcelona, a melhor viagem que já fiz.
Antes de eu chegar em casa, minha vida virou um pesadelo sem precedentes.
— VanDep (@MrVanDep) May 5, 2022
Bruno estava em um táxi, voltando do aeroporto de Guarulhos, quando o crime ocorreu. Seu celular foi furtado após ter deixado a janela entreaberta. “Foi horrível, mas é só um celular. Depois compro outro. Aí percebi que estava destravado. Surtei”, contou.
Apesar de ter os aplicativos do Banco do Brasil e do Nubank protegidos por reconhecimento facial, o agente de talentos utilizou um celular antigo para checar suas contas e viu que R$ 27 mil já haviam sido gastos em sua conta do Nubank. Bruno, então, ligou para a Claro, o Nubank e o Banco do Brasil para notificar as empresas sobre o roubo.
Ao falar com a Claro, a operadora garantiu que o chip e telefone de Bruno estavam bloqueados. Acreditando ter encerrado o problema, foi dormir. Porém, no dia seguinte recebeu notificações de outras operações sendo feitas.
Empréstimos, transferências e boletos
“E o inferno estava só começando. Era sexta à noite e eram boletos. Dava para cancelar, mas nada. O descaso do Nubank foi bizarro”, relatou. No dia 29, Bruno reportou a situação ao Nubank, e, mesmo assim, no dia 2/5 os criminosos conseguiram aumentar o seu limite de Pix para R$ 90 mil.
No Banco do Brasil, foram realizados 2 empréstimos, 2 transferências e um pix. O total das operações foi de R$ 116 mil. “Não consigo explicar o que eu estava sentindo nessa hora. É uma violação tão grande, um vírus que invadiu minha vida e fiquei sem ter o que fazer. Mexeram em tudo e nenhuma empresa ajudou”, desabafou nas redes sociais.
Por terem acesso ao celular desbloqueado, os assaltantes conseguiram mudar as senhas de Bruno no Gmail, iCloud e outros aplicativos. No iFood, por exemplo, os criminosos pediram 7 garrafas de whiskey de R$ 329 cada, e pagaram através de um cartão de crédito do pai de Bruno que estava salvo no app. “Por isso não dá para lembrar de tudo, ainda mais quando você está constantemente sob ataque. Não tem paz, não respira”, relatou.
Suporte e resolução do caso
Bruno contou que entrou em contato com os bancos diversas vezes, inclusive pessoalmente, mas as instituições ofereceram apenas respostas e medidas genéricas para seu problema. Após a thread de Bruno viralizar no Twitter, os dois bancos entraram em contato com o agente para resolver a questão.
“E não é questão de estornaram e agora está tudo bem. Não está. Durante a semana e agora, expliquei as falhas graves nos processos das empresas, não só de segurança inicial. Passei o feedback detalhado para que haja uma melhora geral”, declarou.