Atividade econômica

IBC-Br, prévia do PIB, sobe 0,23% em agosto, acima do esperado

O dado sem ajuste sazonal registrou uma alta de 3,12% em agosto de 2024, em comparação ao mesmo mês de 2023

IBC-Br
Foto: Pixabay

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado a prévia do PIB (Produto Interno Bruto), subiu 0,23% em agosto, após queda de -0,40% no mês anterior, informou nesta segunda-feira (14) o BC (Banco Central).

O dado surpreendeu o mercado, visto que o esperado pelo consenso LSEG de analistas era a estabilidade do indicador (0,00%).

O dado sem ajuste sazonal registrou uma alta de 3,12% em agosto de 2024, em comparação ao mesmo mês de 2023. Esse resultado reflete uma melhora significativa na atividade econômica em termos anuais.

Além disso, o indicador ajustado subiu 1,45% no trimestre encerrado em agosto, enquanto a variação sem ajuste foi de 3,96% em relação ao mesmo período de 2023.

No Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (14), a projeção para o PIB de 2024 cresceu para 3,01%, ante 3,00% na semana passada. Em relação ao ano de 2025, a taxa se manteve em 1,93%.

PIB brasileiro: Banco Mundial eleva projeção de crescimento para 2,8%

Um novo cálculo do Banco Mundial revisou de 1,7% para 2,8% a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2024. A instituição divulgou o número mais recente em seu relatório semestral para América Latina e Caribe.

O Banco apresentou uma estimativa menor que as projeções mais recentes do mercado, que rondam os 3%, segundo a mediana do Boletim Focus, além dos números do BC (Banco Central) e do Ministério da Fazenda (ambas em 3,2%).

Enquanto isso, a estimativa do banco para a expansão da economia brasileira no ano que vem se manteve em 2,2%, ao passo que a projeção para 2026 passou de 2% para 2,3%, segundo o “Valor”.

O economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, William Maloney, deu destaque negativo para o aumento da dívida pública brasileira, apesar da revisão para cima na projeção para o crescimento do PIB deste ano.

“Preferimos nos mover na outra direção, isso seria bom”, afirmou em entrevista coletiva virtual para detalhar o relatório.

Para o economista, o fato do Brasil estar mais próximo do grau de investimento é positivo – ele se referia ao aumento da nota de crédito do País pela Moody’s.

No entanto, Maloney também disse que o aumento dos gastos previdenciários no Brasil será observado em outros países da América Latina e do Caribe, o que é um “fator de estresse fiscal” e que exigirá atenção. 

Em outra linha, o economista do Banco Mundial afirmou que a queda dos índices de pobreza de Brasil e México nos últimos anos impulsionaram o recuo da pobreza na região como um todo.

O Banco Mundial também afirmou em relatório que, “entre os países grandes, é provável que Brasil e Peru atinjam suas metas de inflação em 2024, enquanto as demais economias principais os seguiriam logo depois”.

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