Pesquisa de Comércio

IBGE: situação no RS não impactou o varejo em abril

A queda de 1,0% no volume do varejo foi impulsionada pela abertura de hiper e supermercados, disse gerente de pesquisa do IBGE

Foto: Gilvan Rocha / Agência Brasil
Foto: Gilvan Rocha / Agência Brasil

Segundo Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), os dados do varejo de abril não captaram impactos da tragédia ambiental no Rio Grande do Sul.

Conforme explicado pelo gerente da PMC do IBGE, a queda de 1,0% no volume do varejo limitado no RS, para o mês em questão, frente ao período anterior, foi impulsionada pela abertura de hiper e supermercados. 

“Nada que pudéssemos atribuir à questão das enchentes”, frisou Santos. Ele afirmou, também, que não há como prever se haverá impacto da situação no RS sobre as próximas leituras da PMC.

“Você pode apurar que houve receita zero em algumas empresas, mas não tem como dar nenhum tipo de prognóstico do quanto isso vai acontecer”, disse, de acordo com o “CNN Brasil”.

“E o quanto vai acontecer qualquer outro tipo de fenômeno, como um aumento do volume de vendas de alguns estabelecimentos por corrida às lojas”, completou.

Segundo ele, o Estado tem peso de 6,5% sobre a variação do volume total de vendas do varejo restrito.

Oferta de crédito e economia favorável alavancaram varejo, diz IBGE

Na avaliação do IBGE, o crescimento nas vendas do varejo em abril foi puxado pela maior oferta ao crédito e cenário macroeconômico favorável. O levantamento mostrou que as vendas do setor cresceram 0,9% no mês.

Cristiano Santos, gerente da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) do IBGE, chamou atenção para o fato de que, no primeiro quadrimestre, houve forte expansão de crédito para pessoa física, o que favorece o poder de compra.

O especialista também destacou a melhora no cenário macroeconômico, com aumentos na população ocupada no mercado de trabalho.

Santos citou alguns destaques positivos que levaram ao desempenho favorável, como o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 1,5% no volume de vendas em abril ante março, após cair 0,2% em março ante fevereiro.

“Mas, apesar de ele ser o de maior peso, não foi a única razão [a alta no setor] para o aumento nas vendas”, disse Cristiano.