Ibovespa futuro abre em queda com projeções para o IPCA-15

Índice inflacionário do Brasil e recuperação na China são destaques

O Ibovespa futuro opera em queda nesta quarta-feira (27). Por volta das 9h15 (de Brasília), o índice recuava 2,65% a 109,300 mil pontos.

A divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15) referente ao mês de abril está entre os fatores que influenciaram a projeção do Ibovespa futuro.

O dado inflacionário anunciado nesta quarta-feira (27) ficou em 1,73% no mês de abril. Esta foi a maior taxa para o mês desde 1995, que naquela ocasião, ficou em 1,95%.

Vale ressaltar que nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 12,03%, superior aos 10,79% registrados no mesmo período anterior.

Enquanto isso, na Ásia,  os mercados fecharam de forma mista nesta quarta-feira (27). 

O destaque ficou para as bolsas chinesas, que fecharam o dia com recuperação das recentes perdas. Após a divulgação de balanços corporativos das empresas do país, que tiveram aumento de 10,6% na receita em comparação com março de 2021, os acionistas da região puderam ter um alívio.

Apesar disso, a preocupação das autoridades referente ao lockdown na China ainda segue vigente, com a ampliação de testes em diversas cidades do país.

O restante das bolsas sofreu quedas por conta dos balanços corporativos das empresas e a insegurança com o crescimento da economia. Além disso, o possível aumento da taxa de juros nos EUA também preocupa.

Os EUA, por sua vez, aguardam as divulgações de grandes corporações. A Meta (FBOOK 34), controladora do Facebook, deve divulgar seus resultados nesta quarta-feira, com a Apple (AAPL34), e a Amazon (AMZO34) divulgando os ganhos na quinta-feira (28).

No cenário europeu, os investidores seguem atentos aos novos desdobramentos da guerra da Rússia contra a Ucrânia. 

A Gazprom, empresa russa fornecedora de gás, interrompeu o fornecimento para a Polônia e a Bulgária.

Segundo a Gazprom, o corte do fornecimento aconteceu porque ambos os países não aceitaram pagar a Rússia em rublos, conforme a exigência de Moscou.

Voltando ao cenário corporativo, o Senado aprovou, nesta terça-feira (27), a Lei Bitcoin, Projeto de Lei 3.825/2019, de autoria do senador Flávio Arns (Podemos-PR), que regula operações realizadas com cripto ativos no Brasil.

Além disso, as projeções do Ibovespa futuro seguem as repercussões da divulgação do IPCA-15, além da expectativa voltada para os balanços corporativos de grandes empresas brasileiras.