O Ibovespa encerrou a sessão com queda de 1,04% no pregão desta sexta-feira (17). O índice sofreu principalmente com a forte pressão do exterior com a divulgação de dados inflacionários, com destaque para a Alemanha, e a continuação de decisões monetárias dos Bancos Centrais ao redor do mundo. Além disso, o dia é de vencimento de opções no Ibovespa, o que colabora ainda mais para a volatilidade do mercado na sessão. No território brasileiro o dia foi “morno”, entrando praticamente em clima de recesso.
A ampliação do Refis, programa de renegociação de dívidas de empresas à União, pode gerar rombo de R$ 92,1 bilhões, caso a Câmara aprove o projeto. Segundo os cálculos oficiais, a versão da Câmara levaria o governo a arrecadar R$ 35,7 bilhões com as adesões. Mas a renúncia com descontos e uso de créditos para abater o valor da dívida é bem maior, de R$ 127,8 bilhões.
A votação do texto ocorreria na noite desta quinta-feira (16), mas a fixação de benefícios maiores que os concedidos a pequenas empresas levou parlamentares a obstruir a sessão. Com isso, a apreciação do Refis foi adiada. Uma nova votação só deve ocorrer no início da legislatura em 2022.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o leilão dos dois últimos campos de petróleo do pré-sal, no qual arrecadou R$ 11,140 bilhões, representou um crescimento para a economia nacional. Guedes atribuiu o sucesso do leilão a uma “adaptação construtiva” em relação às regras que vigoraram no certame anterior do excedente da área da cessão onerosa, que foi amplamente dominado pela Petrobras.
Nos Estados Unidos, as bolsas, em sua maioria, encerraram com queda na sessão, repercutindo dados inflacionários e decisões monetárias na Europa e na Ásia.
Na Europa, os mercados despencaram com as decisões de BCs e avanço da Ômicron pelo continente. O Banco Central Europeu (BCE) não deve subir juros no ano que vem, mas já anunciou que deve encerrar seu programa emergencial de compra de títulos até o próximo mês de março.
Já a autoridade financeira da Rússia, elevou fortemente a taxa básica de juros em 100 pontos-base, levando o indicador a 8,5% ao ano, o maior patamar desde 2017. A autoridade financeira aumentou o custo dos empréstimos pela sétima vez consecutiva, a fim de conter a inflação avançada no país.
A inflação russa estava em 8,1% no dia 13 de dezembro, mas a meta do banco central é levar a taxa para 4%.
Na Alemanha, os preços ao produtor saltaram 19,2% em novembro na comparação anual, maior alta em 60 anos, impulsionados pelos custos de energia, que subiram quase 50%.
Na Ásia, O banco central do Japão (BoJ), decidiu manter sua meta de taxa de juros de curto prazo em -0,1% e o rendimento dos títulos públicos (JBG) de 10 anos em torno de 0%. Outra medida anunciada pelo BoJ foi a extensão do financiamento emergencial adotado na pandemia.
A S&P Global Ratings declarou que a Evergrande Group entrou em default de dívidas após não pagar US$ 14 milhões de empréstimos de títulos, os quais venceram no dia 31 de outubro. Além disso, a S&P afirmou que a subsidiária da incorporadora, a Tianji, deixou de honrar US$ 83 milhões em títulos que deveriam ser pagos até 6 de novembro.
Ibovespa
O índice recuou 1,04% na sessão, aos 107.200 pontos. O volume negociado atingiu R$ 37 bilhões.
5 maiores altas do Ibovespa
BRFS3 [+6.23%]
BRML3 +5.02%]
MGLU3 [+4.37%]
NTCO3 [+4.24%]
MRFG3 [+3.75%]
5 maiores quedas do Ibovespa
YDUQ3 [−6.05%]
BIDI4 [−5.59%]
BIDI11 [−5.51%]
RENT3 [−5.17%]
LCAM3 [−5.01%]
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) disparou 0,50% na sessão, aos 2.694 pontos.
5 maiores altas do IFIX
BZLI11 [+6.45]
XPCM11 [+3.47]
VILG11 [+3.21]
HGBS11 [+2.82]
GTWR11 [+2.71]
5 maiores quedas do IFIX
XPSF11 [-2.77%]
SPTW11 [-2.02%]
HGPO11 [-1.45%]
PORD11 [-1.44%]
RVBI11 [-1.38%]
Dólar
A moeda norte-americana avançou 0,1%, a R$ 5,684 na compra e R$ 5,685 na venda.
Índice pela tarde
Às 17h17 (horário de Brasília), o índice tinha baixa de 0,92%, aos 107.190 pontos. O dólar virava para alta de 0,10%, a R$ 5,68.
Às 14h28 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa desacelerava as perdas, recuando 0,87%, aos 107.382 pontos. O dólar virava para queda de 0,10%, a R$ 5,67.
Índice ao meio-dia
Às 12h10 (horário de Brasília), o Ibovespa ampliava as perdas registras pela manhã com queda de 1,31%, aos 106.906 pontos. O dólar avançava 0,19%, a R$ 5,68.
O Banco Central do Japão anunciou que vai reduzir o financiamento emergencial da economia. A autoridade monetária japonesa, porém, enfatizou que os juros vão continuar negativos, ainda que outros Bancos Centrais aumentem as taxas,
Como foi a abertura do Ibovespa?
Às 10h20 (horário de Brasília) o Ibovespa abria a sessão com queda de 1,05%, aos 107.192 pontos, no pregão desta sexta-feira (17). O dólar avançava 0,39%, a R$ 5,70.
O benchmark brasileiro vem sofrendo com a pressão nas bolsas no exterior, as quais repercutem as decisões das políticas monetárias dos Bancos Centrais ao redor do globo e o avanço da Ômicron no Reino Unido.
A inflação global continua acelerando. Os preços ao produtor na Alemanha saltaram 19,2% em novembro na comparação anual, sendo a maior alta do indicador em 60 anos. O BC da Rússia acrescentou 100 pontos-base na taxa de juros, elevando o indicador a 8,5% ao ano.
O Reino Unido reportou 90 mil casos em um único dia, na quinta-feira (16) e, mesmo com o número de mortes instável, preocupou os mercados.
Entre os ganhos do Ibovespa, a BRF liderava as altas do índice com avanço de 3.77%, a R$ 21,17. Nos destaques negativos, as ações do Banco Inter encabeçavam as perdas com queda de 1,61%, a R$ 31,76.
O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) abria com alta de 0,15%, aos 2.685 pontos. Nesta manhã, o fundo XPCM11 liderava os ganhos do indicador, com avanço de 3,06%, a R$ 21,58. Entre os destaques negativos, o fundo LVBI11 liderava as perdas, com queda de 3,27%, a R$ 99,88.
Pré-abertura da Bolsa
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (16) com o avanço de 0,83%, à medida que o mercado processava a venda da participação da Petrobras e da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem, além da aprovação da PEC dos Precatórios em 2º turno na Câmara. A sessão foi marcada, especialmente, pela divulgação das decisões sobre a política monetária de bancos centrais das principais potências, com destaque para o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
Ainda no radar, a discussão do texto do Refis para médias/grandes empresas foi adiado para ser votado em 2022.
Na manhã desta sexta-feira (17), as bolsas mundiais operam sem direção definida, em meio aos receios sobre o impacto da elevação da inflação e propagação da variante Ômicron.
Os índices futuros norte-americanos operam praticamente estáveis no início desta sessão. Os futuros de ações apontaram para uma abertura morna em Wall Street, após o Nasdaq recuar 2,47% na véspera, indo para o seu pior dia desde setembro.
Os mercados europeus caem nesta manhã, à medida que a nova variante da Covid-19 se espalha em ritmo alarmante, com países em toda a zona do euro implementando medidas mais rígidas para evitar uma nova onda. Além disso, as bolsas também são afetadas pelas perspectivas de inflação.
O índice de sentimento das empresas alemãs e o aumento de 19,2%, na comparação anual, da inflação ao produtor no país acentuaram a aversão ao risco.
Na véspera, o BoE elevou inesperadamente a sua taxa de juros, aumentando a cotação da libra. Já o BCE anunciou a redução gradual do seu ritmo de compra de ativos a partir do próximo trimestre, finalizando até março do próximo ano o Programa Emergencial de Compras de Ativos (PEPP).
A maior parte das bolsas asiáticas fecharam em queda nesta sessão, com investidores digerindo as decisões sobre as políticas monetárias dos bancos centrais.
Além disso, o Senado norte-americano determinou a proibição de produtos vindos de Xinjiang, situada na China, a menos que as companhias provem que não foram desenvolvidos sob trabalho forçado. Num outro movimento, o governo Biden adicionou 34 alvos chineses à sua lista de organizações proibidas, fortalecendo a tensão com Pequim.
Em relação às commodities, os preços do petróleo ficam no vermelho nesta manhã, indo em direção ao fechamento de uma semana praticamente estável, devido aos casos de infecção pela nova variante que deixaram os investidores mais receosos, como foi antecipado pelo InfoMoney.
Confira os principais índices às 7h44:
IFIX [+0,19%]
ÁSIA
Nikkei 225 [-1,79%]
S&P/A SX 200 [+0,11%]
Hang Seng [-1,21%]
Shanghai [-1,16%]
EUROPA
DAX [-0,76%]
FTSE 100 [+0,19%]
CAC 40 [-0,91%]
SMI [-0,58%]
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [+1,95%]
US Tech 100 [-0,76%]
US 500 [-0,32%]
US 2000 [-0,50%]
COMMODITIES
Ouro [+0,55%] US$ 1.808,10
Prata [+0,38%] US$ 22,570
Cobre [+0,35%] US$ 4,3213
Petróleo WTI [-1,87%] US$ 71,03
Petróleo Brent [-1,72%] US$ 73,73
Minério de ferro futuro [+1,80%] US$ 111,19