Em um mundo globalizado como o da atualidade, se torna cada vez mais importante o estreitamento das relações entre os países. A economia é um dos principais setores que necessitam dessas relações diplomáticas para alcançar melhor desempenho e avanço. O Investimento Estrangeiro Direto ou IED surge como uma solução para melhorar o andamento das conexões internacionais.
O IED é o investimento financeiro feito por uma instituição ou por um indivíduo de outro país. Esse tipo de aplicação é feito em uma companhia ou um negócio específico e, na maioria das vezes, tem como foco promover o crescimento econômico empresarial e nacional.
O capital internacional proporciona a ampliação das empresas e um nivelamento das economias de escala em mercados domésticos. Desta forma, esse tipo de investimento fomenta o aumento da produtividade, geração de riquezas, maior rentabilidade e criação de novos empregos.
Mas para além de todas as consequências positivas citadas, o IED apresenta resultados que sugerem um efeito favorável sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Em outras palavras, à medida em que os investimentos internacionais vão sendo intensificados, melhorias ocorrem nas condições econômicas internas.
O impacto desse fluxo de investimentos sobre a economia brasileira é muito grande e em meio à crise de covid-19, a América Latina e o Caribe receberam, em 2020, o menor valor de investimento estrangeiro direto durante a última década.
De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a região recebeu US$ 105,48 bilhões no ano passado, correspondendo a 34,7% a menos do que em 2019. Os dados também representam 51% a menos que o recorde da série histórica alcançado em 2012 e o menor valor desde 2010.
O professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Renan Pieri, explica o motivo dos investimentos estrangeiros no Brasil serem afetados pela pandemia do coronavírus.
“Com a pandemia e o aumento da percepção de risco, é possível perceber o dinheiro saindo de países pobres e instáveis, e indo para locais mais ricos onde o investimento é mais seguro, mesmo que a taxa de retorno seja menor. Por isso, o Brasil que já vinha em uma situação econômica complicada antes a Covid-19, com a pandemia, percebeu uma grande fuga de capitais.”
Segundo o levantamento, o aporte de capital estrangeiro recuou em 35,4% em 2020, primeiro ano da pandemia, quando comparado com o ano anterior. Em valores absolutos, a porcentagem representa uma queda aproximada de US$ 24 bilhões nos investimentos externos.