A IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão federal de monitoramento das contas públicas ligado ao Senado, elevou as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2024 de um crescimento de 1,98% em maio para 2,02% em junho.
Já em relação ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o órgão subiu a estimativa para 2024 de 3,83% para 4,0%, diante do cenário internacional, do comportamento do câmbio e das tragédias no Rio Grande do Sul (RS).
Quanto à taxa básica de juros (Selic), a IFI esperava 10,50% ao final de 2024, contra uma projeção anterior de 10%.
Segundo o órgão, a alteração se deve à interrupção dos cortes na Selic, conforme foi decidido na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
A IFI também justificou devido à rigidez da política monetária dos EUA e às incertezas em relação à evolução do quadro fiscal brasileiro.
Mais projeções da IFI
Para o ano de 2025, o órgão revisou a projeção do PIB para 1,93%, ante estimativa de 1,90%.
Já a estimativa de crescimento do PIB no médio prazo (2026-2034) foi elevada de 2,0% para 2,2%. Segundo a IFI, a melhora da perspectiva leva em conta algum efeito da implementação da reforma tributária.
Em relação ao IPCA, a expectativa passou de 3,43% para 3,48% para o ano de 2025. Quanto à Selic, passou de 9% para 9,5%. De 2026 a 2034, a IFI aposta numa taxa nominal média de 7,36% e os juros básicos reais em torno de 4%.
A IFI também acredita que o mercado de trabalho vai permanecer no atual patamar, com taxa de desemprego em torno de 7,8%, percentual considerado baixo para os padrões brasileiros.