Economia

IGP-10 sobe 0,18% em setembro, impulsionado pelos combustíveis 

Em agosto, o Indicador tinha apresentado deflação de 0,13%

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou uma alta de 0,18% em setembro frente ao mês de agosto com deflação de 0,13%, divulgado nesta nesta segunda-feira (18) pela Fundação Getúlio Vargas.

Nesse sentido, com esse aumento, o IGP-10 acumula variação de -5,15% no ano e de -6,35% em 12 meses. No ano passado, no mesmo período, o índice tinha caído 0,90% no mês, mas acumulava elevação de 8,24% em 12 meses.

De acordo com o coordenador dos índices de preços da FGV/Ibre, André Braz, o que contribuiu, principalmente, para essa aceleração foram os combustíveis. Uma vez que, em 16 de agosto, houve o último reajuste pela Petrobras (PETR3; PETR4), e dentro do período de apuração, os preços do diesel subiram 21,60% e os da gasolina avançaram 13,58%.

“Estas contribuições somadas geraram influência de 0,80 ponto percentual (p.p.) permitindo que a variação do IPA avançasse de -0,20% em agosto para +0,23% em setembro”, destacou Braz em nota.

IPA

Por outro lado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou uma variação de  0,23% em setembro, em comparação à queda de 0,20% no mês de agosto. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,95% em agosto para -0,14% em setembro.

Os combustíveis para consumo que contribuíram para este resultado, cuja taxa passou de -4,64% para 9,34%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,51% em setembro. No mês anterior, a taxa foi de -0,32%.

A taxa do grupo Bens Intermediários, por sua vez, avançou de -0,37% em agosto para 1,14% em setembro. Nesse setor, a principal contribuição para o movimento partiu dos combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 1,21% para 15,34%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,11% em setembro, ante queda de 0,62%, no mês anterior.

Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,79% em agosto para -0,44% em setembro. As principais contribuições para o recuo da taxa do grupo partiram dos itens: bovinos (0,72% para -8,91%), soja em grão (5,98% para 3,16%) e leite in natura (-1,48% para -5,67%).

Por fim, em sentido de alta, os destaques foram o minério de ferro (1,33% para 2,81%), mandioca/aipim (-5,28% para 1,52%) e café em grão (-7,43% para -1,83%).

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