Inflação

IGP-M desacelera para 0,17% na segunda prévia do mês

A primeira leitura do mês mostrou uma alta de 0,33% e a segunda prévia de dezembro registrou 0,99%

IGP-M
IGP-M / Agência Brasil

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) registrou uma inflação de 0,17% na segunda prévia de janeiro, ante 0,99% na segunda leitura de dezembro e 0,33% na primeira prévia de janeiro. O IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo), com 60% de peso no IGP-M, cresceu 0,10%, contra 1,32% no mesmo período de dezembro.

Enquanto isso, o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30%, aumentou 0,13%, em relação à leitura de estabilidade em dezembro. Já o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção), com peso de 10%, avançou 0,79%, ante alta de 0,46% no mês anterior.

Itaú eleva projeção para Selic a 15,75% em 2025

Em nova revisão sobre a Selic (taxa básica de juros), o Itaú aumentou a previsão anterior e acredita que ela possa chegar a 15,75% ao ano no final de 2025. O banco apontou para a desancoragem adicional das expectativas de inflação e maior deterioração do real no último mês como razões para a projeção de um aperto mais acentuado nos juros pelo BC (Banco Central).

A Selic foi elevada em 1 ponto percentual na última reunião do BC sob comando de Roberto Campos Neto, em dezembro, fechando o ano de 2024 a 12,25% ao ano. 

Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária) sinalizou mais dois aumentos da mesma magnitude nas primeiras duas reuniões do ano, o que levaria a taxa a 14,25%.

Desde então, no quesito inflação, as expectativas para este ano e o próximo têm piorado. O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (20), mostrou que os analistas consultados pelo BC preveem o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) – medidor oficial da inflação – marcando uma alta de 5,08% e 4,1% em 2025 e 2026, respectivamente.

“Real mais depreciado e expectativas desancoradas indicam a necessidade de avançar ainda mais em território contracionista”, apontou a nota do Itaú assinada pelo economista-chefe Mário Mesquita, de acordo com o “InfoMoney”.

“Caso haja nova rodada de depreciação da moeda e/ou deterioração adicional das expectativas, não é possível descartar uma extensão do ciclo e eventualmente, uma postergação dos cortes em 2026”, acrescentou.

Além dos dois aumentos já indicados pelo BC, a previsão do Itaú indica mais duas elevações de 0,75 ponto percentual na terceira e na quarta reuniões do Copom no ano, em maio e junho. A expectativa de recuo da Selic ficou apenas para 2026, com cortes que levem a taxa de volta aos 13,75%.

Em paralelo a isso, com relação à inflação, o Itaú aumentou sua estimativa de alta do IPCA em 2025 em 0,8 ponto percentual, a 5,8%, e previu avanço de 4,5% em 2026, de 4,3% na projeção anterior.