O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma nova queda em julho, uma variação de 0,72% para baixo, após uma queda de 1,93% em junho, de acordo com os dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o índice acumula um recuo de 5,15% no ano e uma queda de 7,72% nos últimos 12 meses.
A deflação foi um pouco mais intensa do que o esperado pelos analistas, que estimavam uma queda de 0,71% na comparação mensal. Em julho de 2022, o índice havia registrado uma variação positiva de 0,21% e acumulava alta de 10,08% em 12 meses.
Os dados mais recentes do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) mostram que houve uma aceleração significativa, passando de -2,73% em junho para -1,05% nesta última leitura. Essa variação aponta para uma queda de 11,47% nos preços no atacado nos últimos 12 meses e de 7,94% no acumulado de 2023.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) apresentou um cenário oposto, com um avanço de -0,25% em junho para 0,11% em julho. Esse índice acumula uma alta de 2,78% nos últimos 12 meses e um aumento de 2,47% no decorrer do ano de 2023.
Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) desacelerou consideravelmente, passando de 0,85% para 0,06% no mesmo período. No entanto, esse índice ainda acumula uma alta de 3,15% nos últimos 12 meses e registra um aumento de 2,25% ao longo de 2023.
IPCA-15 desacelera para 0,07% em julho
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, teve uma variação de -0,07% em julho. O comunicado feito nesta terça-feira (25 revelou que essa foi a primeira vez desde setembro de 2022, quando o índice caiu 0,37%, que foi registrada uma variação negativa do indicador.
A deflação divulgada foi mais intensa do que a estimativa por analistas do mercado financeiro. O consenso Refinitiv apontava para uma queda de 0,01% no mês.
No acumulado dos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,19%, ante 3,40% observados nos 12 meses até junho. Para essa leitura, o consenso dos analistas estava em 3,26%.
O dado manteve a tendência de desaceleração no ano, após ter alcançado 0,76% em fevereiro, 0,69% em março, 0,57% em abril, 0,51% em maio e 0,04% em junho.
De acordo com o IBGE, o principal fator que impactou negativamente o resultado do mês foi a queda nos preços da energia elétrica residencial, registrando uma retração de 3,45%. Essa redução ocorreu após a incorporação do Bônus de Itaipu, que foi creditado nas faturas de julho.