Os dados alfandegários, divulgados neste sábado, mostraram como as importações chinesas de soja brasileira caíram no mês de julho em relação à comparação anual, enquanto os embarques dos EUA aumentaram.
Em julho, a China, maior compradora de soja do mundo, importou 6,97 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil, registrando uma baixa de 9% em relação as 7,88 milhões de toneladas um ano antes. O número foi o menor para julho desde 2016, puxado pela alta dos preços globais e a fraca demanda.
Já os embarques dos EUA registraram alta, com chegadas de 377.642 toneladas de soja no país em julho, acima das 42.277 toneladas um ano antes.
Mesmo com as importações nesta época serem tipicamente dominadas por grãos de origem brasileira, o mau tempo elevou os preços da oleaginosa no país este ano em um momento de baixa demanda na China.
A demanda no setor
Além disso, a demanda por farelo de soja do setor de ração ficou sob pressão, e registrou baixa de 7% na comparação anual, após os suinocultores sofrerem grandes perdas no início de 2022.
Os processadores em Rizhao, o principal centro da indústria, com margens negativas de esmagamento desde meados de abril, estão perdendo cerca de 610 iuanes (89,84 dólares) por tonelada de soja processada.
No 1S22, a China importou 34,68 milhões de toneladas de soja brasileira, ante os 34,01 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior. Enquanto as importações do produto dos EUA no mesmo período foram de 17,92 milhões de toneladas, ante 21,61 milhões de toneladas no 1S21.