Durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) afirmou que o governo pretende votar uma reforma sobre o imposto de renda ainda no segundo semestre deste ano.
“No segundo semestre, nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto, muita gente no Brasil não paga imposto”, disse Haddad em evento em Davos. “Precisamos reequilibrar o sistema tributário para melhorar a distribuição de renda”, completou.
Já a reforma tributária sobre o consumo, que é a “primeira parte” do projeto, deve ser votada no primeiro semestre, segundo o ministro.
Haddad também destacou as medidas fiscais apresentadas pela sua pasta na semana passada, voltada para responsabilidade fiscal, e a aprovação da PEC da Transição antes mesmo da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O governo Lula tem ambições para além das medidas anunciadas na semana passada. O mercado já entendeu o que significa o governo Lula e os seus últimos dois mandatos dão a ele condições de fazer o país prosperar”, afirmou o ministro.
Segundo Haddad, o Brasil deve crescer além da média mundial, caso a agenda econômica esteja correta e as contas equilibradas.
Além de Imposto de Renda, Haddad falou sobre arcabouço fiscal
Antes do Fórum, Haddad conversou com jornalistas e falou sobre o arcabouço fiscal brasilero, que para ele, é “uma parte da lição de casa, mas não é a agenda econômica completa se você for pensar em desenvolvimento”.
O objetivo, segundo Haddad, é fazer “algo estrutural”, que deve dar sustentabilidade ao arcabouço fiscal, na visão do ministro.
Segundo Haddad, esse é o recado que ele vai levar a investidores internacionais durante almoço do Itaú Unibanco (ITUB4), que acontece em Davos nesta terça-feira (17).