IIE-Br

Incerteza econômica tem 3ª alta consecutiva, maior nível desde 2022

A economista da FGV IBRE destacou que, no cenário interno, persistem incertezas sobre a política fiscal

Foto: Freepik
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O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), registrou um aumento de 1,5 ponto em janeiro, alcançando 116,9 pontos, o maior valor desde julho de 2022, quando atingiu 120,8 pontos.

Considerando a média móvel trimestral, o IIE-Br subiu 4,0 pontos, atingindo 114,2 pontos.

“O Indicador de Incerteza Econômica acumula alta superior a 10 pontos nos últimos três meses, influenciado pelo cenário fiscal e pela amplificação das incertezas externas em janeiro”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

A economista da FGV IBRE destacou que, no cenário interno, persistem incertezas sobre a política fiscal e os rumos da inflação. Já no plano internacional, ela apontou que as economias estão atentas às definições importantes que o governo de Donald Trump deve tomar nos primeiros dias de mandato.

“No mês, a alta foi determinada pelo componente de Mídia, enquanto o componente de Expectativas caminhou em sentido contrário, refletindo um maior consenso sobre a trajetória da taxa de juros nos próximos meses”, completou Anna Carolina Gouveia.

O componente de Mídia do IIE-Br subiu 3,5 pontos, indo para 116,7 pontos, o que contribuiu com 3,1 pontos para o aumento do índice geral. Já o componente de Expectativas, que avalia a dispersão nas projeções dos especialistas para indicadores macroeconômicos, registrou uma queda de 7,1 pontos, ficando em 110,6 pontos e impactando negativamente o IIE-Br em 1,6 ponto.

Setor público consolidado tem déficit de R$ 47,5 bi em 2024

O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 47,553 bilhões em 2024, o que corresponde a 0,4% do PIB, de acordo com os dados divulgados pelo BC (Banco Central) nesta sexta-feira (31).

Em dezembro de 2024, o resultado foi positivo, com um superávit de R$ 15,745 bilhões, contrastando com o déficit de R$ 129,573 bilhões no mesmo mês de 2023. 

Vale destacar que, no ano anterior, o impacto do pagamento de precatórios foi de R$ 92,4 bilhões. Em 2023, o déficit acumulado foi de R$ 249,124 bilhões, equivalente a 2,28% do PIB.

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