O indicado de Donald Trump ao Departamento do Tesouro, Scott Bessent, disse que vai garantir que o dólar continue sendo a moeda de reserva global, em declaração desta quarta-feira (15). Bessent também apresentou sua ideia para uma “nova era de ouro econômica”.
O indicado vai ser interrogado pelo Comitê de Finanças do Senado dos EUA nesta quinta-feira (16). Segundo ele, o novo governo pretende priorizar investimentos no setor produtivo que faz a economia crescer, ao invés de “gastos desnecessários que geram inflação”.
“Devemos proteger as cadeias de suprimentos que são vulneráveis a concorrentes estratégicos e devemos aplicar sanções cuidadosamente como parte de uma abordagem de todo o governo para atender aos nossos requisitos de segurança nacional”, afirmou Bessent.
“E, o mais importante, devemos garantir que o dólar continue sendo a moeda de reserva global“, acrescentou.
O escolhido por Trump para o tesouro defende as propostas do presidente eleito de aumentar tarifas de importação e já mencionou que a China tem prejudicado a indústria do país norte-americano. Trump ameaça impor uma tarifa de 60% sobre os produtos chineses e de 10% para outros países.
Bessent mencionou em seu discurso a Lei de Cortes de Impostos e Empregos de 2017, aprovada no primeiro mandato de Trump. Segundo ele, a legislação precisa ser permanente.
“Se o Congresso não agir, os norte-americanos enfrentarão o maior aumento de impostos da história, um esmagador aumento de impostos de 4 trilhões de dólares”, disse o indicado.
Para ele, o presidente e o Congresso também devem estabelecer “políticas pró-crescimento para reduzir a carga tributária sobre os fabricantes norte-americanos, trabalhadores de serviços e idosos”.
Indicado ao Tesouro dos EUA vai se desfazer de investimentos
O escolhido por Donald Trump para a secretaria do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, vai se desfazer do hedge fund Key Square Group e de outros investimentos, como afirmou o investidor em carta ao escritório de ética do Departamento do Tesouro. As informações são da “Reuters”.
Na carta, Bessent escreveu que está se desfazendo dos investimentos para “evitar qualquer conflito de interesses real ou aparente no caso de ser confirmado para o cargo de secretário do Departamento do Tesouro”. Ele foi escolhido por Trump para o cargo em 23 de novembro.
Ainda, segundo informações do New York Times, Bessent disse que vai sair de seu cargo na Bessent-Freeman Family Foundation e fechar a Key Square Capital Management, empresa fundada por ele.
Não houve comentários de porta-vozes de Bessent sobre o assunto.
Por sua vez, Trump repetiu, na sexta-feira (10), o acordo que fez em seu primeiro mandato de entregar a gestão diária de sua carteira de imóveis, hotéis, golfe, meios de comunicação e licenciamento para seus filhos, após assumir o cargo de presidente dos EUA.