Segundo Abia

Industria alimentícia registra alta de 9% em faturamento

O setor de alimentos encerrou 2024 com faturamento de R$1,277 trilhão, marca 9,97% superior ao registrado em 2023

Foto: Alimentos/CanvaPro
Foto: Alimentos/CanvaPro

O setor de alimentos encerrou 2024 com faturamento de R$1,277 trilhão, marca 9,97% superior ao registrado em 2023, segundo balanço anual da Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos). O valor equivale a 10,8% do PIB nacional.

O balanço divulgado nesta quinta-feira (20), mostra que as vendas no mercado interno cresceram 6,1% na comparação anual. O mercado de alimentação fora de casa teve atenção especial com alta de 10,4%, seguido pelo segmento de varejo alimentar com crescimento de 8,8%. As informações foram apuradas pelo jornal Valor Econômico.

O presidente da Abia, João Dornellas, explicou que a ampliação de emprego e renda, que levou a um aumento da massa de rendimentos reais ajudaram o consumo. Em 2025, a previsão é de aumento das vendas reais entre 2% e 2,5%.

Lula pede que brasileiros não comprem alimentos que acham caro

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recomendou aos brasileiros que evitem comprar produtos que consideram caros, como método para pressionar a redução dos preços. 

Lula afirmou, durante entrevista às rádios “Metrópole” e “Sociedade”, em visita à Bahia, que é necessário implementar “um processo educacional” com o povo brasileiro, com o objetivo de que a população não seja extorquida.

Seguindo essa linha, o varejista – ou a “pessoa” – percebe que a massa salarial e os salários estão crescendo e, por isso, aumenta os preços.

“Se todo mundo tiver consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque, senão, vai estragar”, disse o presidente.

Quais medidas o governo avalia para baratear os alimentos?

Com a prévia oficial da inflação, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro jogando mais pressão sobre o governo, a equipe da gestão Lula 3 busca saídas possíveis para frear a alta dos preços. O segmento de alimentos e bebidas foi o maior responsável pela alta de 0,11% do índice, ao avançar 1,06% no mês.

As propostas que vêm sendo consideradas até o momento para baratear os alimentos foram comentadas pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), após reunião com o presidente Lula.

Rui Costa falou em reduzir as tarifas dos alimentos. A medida dependeria de uma análise comparando os preços de um mesmo produto no mercado interno e externo, segundo a “CNN”.