Indústria brasileira deve qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025

Previsão foi feita pelo Mapa Industrial do Trabalho

O Brasil precisará da qualificação de 9,6 milhões de pessoas até 2025 para atender as necessidades projetadas pela indústria do País.

De acordo com a pesquisa do Mapa Industrial do Trabalho, divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta segunda-feira (16), a projeção é que haja a atualização dos funcionários para que aconteça a reposição da produtividade no setor da indústria.

O censo constatou que dentro dos 9,6 milhões registrados, duas milhões de pessoas teriam um enfoque na formação inicial, a fim de preencher novas vagas no mercado de trabalho, e ocupar funções que sofrem escassez de funcionários atuantes.

Enquanto isso, os demais 7,6 milhões seriam inseridos no mercado industrial com foco na formação contínua, com o intuito de serem atualizados acerca das novas tecnologias da indústria.

Logo, o órgão responsável pela pesquisa destacou que a demanda industrial precisa ser respondida com a qualificação dos profissionais disponíveis no mercado, principalmente após a queda do ICI (Índice de Confiança da Indústria) no mês de março, e com a inflação registrada pelo IPP (Índice de Preços ao Produtor).

Isso significa que 79% da necessidade de formação nos próximos quatro anos serão em aperfeiçoamento”, disse a CNI.

Com isso, as prioridades de investimento industrial no Brasil estão voltadas ao aperfeiçoamento e atualização de informações dos trabalhadores, além de uma maior atenção à educação de base no País, segundo a organização da pesquisa.

No Brasil, o setor da indústria possui áreas com demandas similares, em que uma qualificação pode permitir ao trabalho desempenhar funções em diversas destas áreas, como logística, construção, metalurgia, alimentos, bebidas, e transporte.
 

Produtividade da indústria recuou 4,6% em 2021

Vale ressaltar que a produtividade do trabalho na indústria no Brasil recuou 4,6%, em 2021, ao comparar com o ano de 2020. (considerando as séries livres de efeitos sazonais)

A pesquisa também divulgada pela CNI apresentou a maior queda do índice desde 2000, ano da criação do censo.

Na ocasião, a perda foi maior do que a até então recorde, os 2,2% de queda registrados em 2008, ano marcado por forte recessão no mercado e uma crise financeira mundial.

A organização constatou que a queda da produtividade foi reflexo da segunda onda da Covid-19 no País, o que dificultou a retomada da produção da indústria brasileira, e também resultou na queda da renda média dos brasileiros.

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