Dados do PMI

Indústria brasileira salta em fevereiro, com aumento de demanda

O PMI com dados da indústria brasileira mostrou um saltou de 50,7 em janeiro para 53,0 em fevereiro

Indústria
Indústria / Foto: pixabay

A indústria brasileira teve forte melhora em fevereiro, com apoio da recuperação da produção devido ao aumento da demanda, embora os preços de venda sigam em alta, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa PMI (índice de Gerentes de Compras).

O PMI industrial do Brasil saltou de 50,7 em janeiro para 53,0 em fevereiro, avançando acima da marca de 50 pontos, que separa crescimento de contração e marcando o ritmo mais intenso desde setembro.

“O PMI de indústria do Brasil indicou um cenário mais favorável para a saúde do setor, com o índice alcançando o maior patamar em cinco meses em fevereiro diante do aumento nas vendas e da retomada do crescimento da produção”, destacou Pollyanna de Lima, diretora associada de Economia S&P Global Market Intelligence.

O levantamento também apontou, segundo o “InfoMoney”, que um aumento mais forte na entrada de novas encomendas tirou a produção do território contracionista em fevereiro.

Enquanto isso, as vendas dos produtores tiveram a alta mais intensa desde abril de 2024, o que atribuíram a condições mais favoráveis da demanda.

No entanto, as encomendas internacionais das empresas ainda sinalizaram outra queda no período. Embora tenha sido marginal, foi o quarto mês seguido de redução, com as evidências apontando para demanda mais fraca de Argentina, Reino Unido e Estados Unidos com a indústria brasileira.

Empresas da indústria estão confiantes, mas inflação ainda pressiona

Os dados do PMI revelaram ainda que as empresas seguem se mostrando confiantes com relação a um aumento na produção ao longo dos próximos 12 meses, com o nível de confiança chegando ao patamar mais alto em seis meses.

Por conta desse otimismo, bem como pelo aumento das novas encomendas, os fabricantes fizeram a contraração de mais mais trabalhadores em fevereiro, com a taxa de criação de vagas no ritmo mais forte desde maio de 2024.

Por fim, apesar da inflação de custo dos insumos ter recuado do maior patamar em quatro meses visto em janeiro, os preços ainda continuaram a subir em fevereiro.

Segundo o PMI, as empresas da indústria brasileira monitoradas para o estudo citaram a fraqueza cambial, os preços mais elevados de frete, combustíveis, poliéster, resina e aço como fatores importantes.