O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), termômetro da inflação oficial do Brasil, ficou em 0,47% em maio. O índice desacelerou frente ao resultado registrado no mês imediatamente anterior (abril), quando ficou em 1,06%. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando o IPCA foi de 0,83%, a inflação de maio de 2022 também apresentou queda. Apesar da melhora nos dados mensais, a inflação no acumulado em 12 meses é de 11,73%, ficando acima dos 10% pelo nono mês consecutivo. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado apresentado em maio, a inflação acumulada em 2022 ficou em 4,78%. O setor que mais impactou a inflação no mês passado foi o de transportes. Com alta de 1,34%, o setor foi influenciado, principalmente, pelo aumento de 18,33% no preço das passagens aéreas. Os combustíveis subiram 1%, abaixo da alta de 3,20% do mês anterior.
O segundo setor que mais impactou o IPCA do mês de maio foi o da saúde e cuidados pessoais, com inflação de 1,01%. Os produtos farmacêuticos tiveram alta de preços de 2,51% no período e, junto com as passagens aéreas, teve um grande peso na inflação de maio.
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Os alimentos registraram alta de 0,48%, bem abaixo dos 2,06% de abril. Alguns itens tiveram queda de preços, como tomate (-23,72%), batata-inglesa (-3,94%) e cenoura (-24,07%). Por outro lado, alguns produtos apresentaram alta, como leite longa vida (4,65%) e cebola (21,36%). O único grupo a apresentar deflação (queda de preços) foi o de habitação, com queda de 1,70%. Vale destacar que a queda no medidor da inflação oficial foi favorecida pela forte redução no preço da conta de luz, que ajudou, principalmente, o setor habitacional.