Economia

Inflação ao consumidor medida pela OCDE desacelerou em 2023

Taxa anual saiu de 5,6% em outubro e atingiu 5,4% em novembro

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) comunicou, nesta quinta-feira (11), que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI na sigla em inglês) em seus países membros desacelerou para 5,4% em novembro. Essa foi a terceira queda seguida no índice, que em outubro estava em 5,6%.

De acordo com dados divulgados pela OCDE, em 28 de seus 38 países integrantes o CPI perdeu força entre outubro e novembro. Além disso, o núcleo do CPI, cuja leitura não considera energia e alimentos, teve o menor nível desde abril de 2022 e caiu de 6,5% em outubro para 6,3% em novembro. 

Outra informação divulgada pela OCDE é que no G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, a taxa anual do CPI teve aceleração nesse mesmo período, de 5,7% para 5,8%. 

OCDE: mudanças climáticas prejudicam crescimento do Brasil

Os eventos extremos provocados pela mudança climática estão prejudicando a infraestrutura brasileira e comprometendo o crescimento do país, informou a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 18 de dezembro. No relatório Estudos Econômicos da OCDE: Brasil, documento bianual com perspectivas para o país, a organização sugere planejamento nas obras públicas, novas políticas urbanas e o cumprimento mais amplo do Código Florestal. As informações são da Agência Brasil.

“A infraestrutura pública [do Brasil] é particularmente vulnerável a choques climáticos em meio a uma rápida, não planejada e descontrolada urbanização”, destacou a OCDE, organização formada por países que se comprometem com metas econômicas, sociais, ambientais e institucionais e à qual o Brasil está em processo de adesão. Segundo a organização, tanto as secas como as enchentes trazem prejuízos à infraestrutura brasileira.

“Secas frequentes e aumento das temperaturas vão criar desafios para fornecimento de energia, particularmente de fontes hidrelétricas”, destacou o relatório. Em relação às chuvas, a OCDE ressalta que os deslizamentos e as enchentes trazem prejuízos às cidades e ao transporte. “As enchentes compõem 65% dos riscos naturais [no Brasil], e os danos associados a enxurradas e deslizamentos foram responsáveis por 74% das mortes relacionadas a desastres naturais entre 1991 e 2010”, informa o documento.

A OCDE cita um estudo do Banco Mundial de 2021 segundo o qual a mudança climática custa 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto) a cada ano para as empresas do país. Segundo o relatório, 55% dos prejuízos afetam as infraestruturas de transporte, 44%, o fornecimento de energia e 2%, o abastecimento de água. O relatório destaca que a queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas entre 2013 e 2021 ameaçou o fornecimento de energia num país onde dois terços da matriz energética está associada às hidrelétricas.