O IPP (Índice de Preços ao Produtor) avançou 0,61% em agosto ante julho, marcando assim a sétima alta seguida dos preços da indústria nacional, informou nesta quinta-feira (26) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O acréscimo, porém, foi bem menos intensa que a registrada um mês antes, de 1,53%.
A inflação ao produtor acumula alta de 6,42% em 12 meses, enquanto o acumulado no ano ficou em 4,76%. Em agosto de 2023, a taxa mensal havia atingido 0,75%.
No mês, 18 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço quando comparadas ao mês anterior, menos que as 21 atividades em alta observadas em julho.
Alimentos e outros produtos químicos puxaram inflação ao produtor para cima
As maiores influências para o resultado vieram dos setores de alimentos (1,72 p.p.); outros produtos químicos (0,98 p.p.); refino de petróleo e biocombustíveis (0,76 p.p.); e metalurgia (0,76 p.p.).
Segundo Alexandre Brandão, gerente da pesquisa do IPP, o crescimento verificado em agosto foi um pouco menor do que o de julho, com destaque para os aumentos de preços nos setores de alimentos e outros produtos químicos.
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“Por outro lado, a variação negativa obtida pela atividade de indústrias extrativas ajudou a conter o quadro inflacionário na indústria”, explicou em nota.
As atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado de agosto foram alimentos (0,32 ponto percentual), indústrias extrativas (-0,25 p.p.), outros produtos químicos (0,19 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,12 p.p.).
Em termos de variação, indústrias extrativas (-5,06%), impressão (2,85%), outros produtos químicos (2,42%) e móveis (2,04%) foram os destaques em agosto.
Pela perspectiva das grandes categorias econômicas, a variação de entre julho e agosto foi a seguinte: queda de 0,18% de variação em bens de capital; alta de 0,38% em bens intermediários (BI); e subida de 1,12% em bens de consumo (BC).
A variação observada nos preços bens de consumo duráveis foi de 0,68%, enquanto nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de 1,20%.
