A inflação brasileira deve manter o patamar elevado pelo menos até o final de 2022, sinalizou o BC (Banco Central) na ata do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada nesta terça-feira (21).
A instituição confirmou que apesar do aperto no ciclo de alta de juros, a Selic não será diminuída neste ano, como forma de combater a inflação.
A instituição monetária também voltou a usar o termo “centro da meta” para se referir ao nível desejado para a inflação no País.
Atualmente, a meta do BC para 2023 é de 3,25%, com a margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Dessa forma, o índice ficaria entre 1,75% e 4,75%.
O “centro da meta”, utilizado também no discurso da última alteração da taxa Selic para 13,25% ao ano, está dentro da margem pré-estipulada.
“O Comitê avalia, com base nas projeções utilizadas e seu balanço de riscos, que a estratégia requerida para trazer a inflação projetada em 4,0% para o redor da meta no horizonte relevante conjuga, de um lado, taxa de juros terminal acima da utilizada no cenário de referência e, de outro, manutenção da taxa de juros em território significativamente contracionista por um período mais prolongado que o utilizado no cenário de referência”, relatou a ata do Copom.
Copom também traçou metas para inflação nos próximos anos
O comitê também estipula metas para a taxa de juros nos próximos períodos, apesar de confirmar que ela não irá diminuir neste ano. As projeções são de 13,25% até o final deste ano, 10,0% em 2023 e 7,50% em 2024.
Caso o objetivo do Copom se concretize, a inflação terminará os respectivos períodos em 8,8%, 4,0% e 2,7%.
“Dessa forma, a estratégia de convergência para o redor da meta exige uma taxa de juros mais contracionista do que o utilizado no cenário de referência por todo o horizonte relevante”, disse o documento ao falar sobre a inflação.