Inflação ao consumidor no Reino Unido recua 0,4% em julho

A queda foi puxada, principalmente, pelos preços do gás e da eletricidade

O índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido recuou 0,4% em julho ante ao mês anterior, informou nesta quarta-feira (16) o escritório nacional de estatísticas (ONS). Com isso, a inflação em 12 meses caiu de 7,9% em junho para 6,8% em julho. 

O resultado veio dentro do previsto no mercado. O consenso de analistas previa uma queda de 0,5% no mês e uma taxa anualizada de 6,8%.

A queda foi puxada pelos preços do gás e da eletricidade, enquanto os preços dos alimentos subiram menos em julho e os serviços de hotelaria e transporte aéreo foram as classes que mais trouxeram contribuição de alta.

O núcleo do CPI, que excluindo as variações de energia, alimentos, álcool e tabaco, cresceu 0,3% na leitura mensal e mostrou alta de 6,9% nos 12 meses até julho.

A taxa anual do CPI de bens desacelerou de 8,5% para 6,1%, enquanto a taxa anual de serviços aumentou ligeiramente, de 7,2% para 7,4%.

Inflação no Reino Unido alcança 10,1% em julho de 2022, recorde em 40 anos

A taxa de inflação do Reino Unido quebrou um recorde de 40 anos ao atingir 10,1% em ritmo anual em julho de 2022. O resultado foi estimulado em particular pelo aumento dos preços dos alimentos, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). Especialistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam avanço de 9,8%.

Em junho, a inflação do Reino Unido em ritmo anual foi de 9,4%. O aumento dos preços dos alimentos – 12,7% desde julho de 2021 – foi o maior contribuinte para a aceleração da inflação, informou o ONS.

Os aumentos de preços foram generalizados no mês passado, mas “os alimentos subiram em particular, especialmente produtos de padaria, laticínios, carne e legumes”, explicou Grant Fitzner, economista-chefe do ONS, no Twitter.

O índice divulgado ficou acima do previsto pela maioria dos economistas, e a inflação de alimentos está agora em seu nível mais alto em 14 anos.

“Todas as onze classes de alimentos e bebidas não alcoólicas contribuíram para a mudança na taxa de inflação anual, onde os preços em geral subiram este ano, mas caíram há um ano”, disse o ONS.

As maiores contribuições de alta vieram de pães e cereais, e de leite, queijo e ovos, com destaque para os aumentos de preços do queijo cheddar e dos iogurtes.

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