Em fevereiro

Inflação da Argentina acumula alta de 67% em 12 meses

O número foi maior que o prognóstico da última Pesquisa de Expectativas de Mercado, divulgada pelo Banco Central da Argentina

Foto: CanvaPro/Argentina
Foto: CanvaPro/Argentina

A inflação mensal da Argentina subiu 2,4% em fevereiro, um crescimento em relação ao resultado de janeiro, de 2,2%, conforme divulgou o Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos) nesta sexta-feira (14).

Dessa forma, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) acumulou resultado de 66,9% nos últimos 12 meses em fevereiro. Em janeiro, a alta de preços na base anual tinha sido de 84,5%.

O número foi maior que o prognóstico da última Pesquisa de Expectativas de Mercado, divulgada pelo Banco Central da Argentina. A instituição previa que o dado oficial de fevereiro seria de 2,3%, segundo o “Valor”.

Conforme o Indec, as maiores altas de inflação foram registradas na habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (3,7%), com impulso dos aumentos no aluguel da moradia e despesas conexas, além de eletricidade, gás e outros combustíveis. 

Na sequência, o setor de alimentos e bebidas não alcoólicas se destacou, com aumento de 3,2%, principalmente devido aos reajustes em carnes e derivados.

Por outro lado, as duas divisões com as menores variações em fevereiro foram Equipamento e manutenção do lar (1,0%) e Vestuário e calçados (0,4%).

Indústria argentina discorda de Milei e diz que Brasil é um exemplo

Após as críticas do presidente argentino Javier Milei à indústria brasileira, a UIA (União Industrial Argentina) discordou e publicou um documento recente onde defende a política industrial robusta do Brasil. Além disso, eles também apontaram o País como um exemplo a ser seguido, e ainda defenderam o aprofundamento do Mercosul.

No Congresso, Milei defendeu, no domingo (2), que o Mercosul só serviu para enriquecer industriais brasileiros às custas do empobrecimento dos argentinos.

A UIA é a principal entidade industrial da Argentina e o relatório de 36 páginas divulgado na semana passada adotou um tom bem diferente ao usado pelo presidente argentino. A entidade cobrou política industrial para o governo argentino e citou o plano “Nova Indústria Brasil”, lançado em janeiro de 2024, como uma das referências.

A UAI classificou a política industrial do Brasil como “notável”, devido à tentativa de colocar o País na trilha da modernização e digitalização da indústria, além de oferecer grande volume de investimentos e crédito, segundo a “CNN Brasil”.

O objetivo do plano brasileiro é reverter o processo de desindustrialização iniciado na década de 1980, com previsão de investimentos e crédito de mais de US$ 60 bilhões, o equivalente a 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto). A cifra foi citada pela entidade argentina.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile