A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, registrou uma desaceleração para 0,39% em novembro, após ter ficado em 0,56% em outubro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado nesta terça-feira (10).
O número ficou ligeiramente acima das expectativas do mercado financeiro, que apontavam uma alta de 0,38%, conforme informações da Bloomberg. As estimativas variavam entre 0,24% e 0,43%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA teve um avanço de 4,87% até novembro, um pequeno aumento em relação ao resultado de outubro, que estava em 4,76%.
Os dados refletem os esforços do Brasil em conter a inflação, mas também indicam a persistência de pressões econômicas que influenciam o cenário nacional.
Meta de inflação e desafios econômicos
O IPCA serve como principal indicador para a meta de inflação estabelecida pelo Banco Central. Para o ano de 2024, o objetivo central é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais tanto para valores inferiores (1,5%) quanto superiores (4,5%).
No entanto, as expectativas do mercado financeiro sugerem um cenário acima dessa margem, prevendo que a inflação ultrapasse o teto de 4,5% até o mês de dezembro.
Conforme o boletim Focus mais recente, divulgado na última segunda-feira (9) pelo Banco Central, a mediana das projeções para este ano subiu de 4,71% para 4,84%, antecipando um cenário de maior pressão inflacionária no país.
Veja o resultado dos grupos do IPCA
Grupo | Variação |
Alimentação e bebidas | 1,55%; |
Habitação | -1,53% |
Artigos de residência | -0,31% |
Vestuário | -0,12% |
Transportes | 0,89% |
Saúde e cuidados pessoais | -0,06% |
Despesas pessoais | 1,43% |
Educação | -0,04% |
Comunicação | -0,10% |