Europa

Inflação deve se manter estável, mas há riscos, diz presidente do BCE

Segundo Lagarde, a atividade econômica cresceu menos no 2TRI24, com crescimento elevado dos salários e baixa produtividade

Christine Lagarde, presidente do BCE
Foto: Angela Morant/BCE

A presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, disse que a inflação na Europa deve “se manter estável”, mas que há riscos, como os geopolíticos e de os salários e lucros subirem mais do que o esperado, pressionando a alta de preços.

A declaração aconteceu após o BCE decidir manter as taxas de juros. A taxa de referência ficou em 3,75%, a taxa de refinanciamento foi mantida em 4,25% ao ano e a taxa de empréstimos, em 4,5%. A manutenção ficou em linha com as expectativas do mercado.

Segundo Lagarde, a atividade econômica cresceu menos no segundo trimestre. Ela ainda afirmou que o crescimento dos salários segue elevado e a produtividade baixa.

Por outro lado, ela trouxe alívio ao dizer que eles devem “moderar ao longo do próximo ano”.

BCE pode ter várias reuniões entre cortes de juros, diz Lagarde

A taxa de juros do BCE (Banco Central Europeu) não está em uma trajetória linear de queda, e as autoridades de política monetária poderiam, em alguns momentos, aguardar mais de uma reunião antes de reduzir a taxa novamente. A afirmação foi feita recentemente pela presidente do BCE, Christine Lagarde, em uma coletiva.

Na semana passada, o BCE reduziu as taxas de juros em relação a um pico recorde, mas não assegurou que qualquer outra flexibilização da política monetária, devido ao forte crescimento dos salários e da elevada estimativa de inflação.

“Tomamos a decisão apropriada, mas isso não significa que as taxas de juros estejam em uma trajetória linear de queda”, declarou Lagarde, de acordo com o “InfoMoney”.

Além disso, Lagarde disse ao Expansión, Handelsblatt, Il Sole 24 Ore e Les Échos, na segunda-feira (10), em junho, que “pode haver períodos em que manteremos as taxas de juros inalteradas”.

Com isso, os mercados aguardam pouco mais de um corte nos juros durante as quatro reuniões que restam em 2024. Também são esperadas entre 3 e 4 reduções até o final de 2025.