A inflação brasileira em 2021, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou a terceira economia mais alta no ranking mundial entre as principais economias globais. É o que aponta o levantamento feito pela economista-chefe Andrea Damico, da Armor Capital, com os dados da plataforma CEIC Data.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA atingiu dois dígitos em 2021, patamar que não era alcançado há seis anos, quando em 2015 foi registrado o maior acumulado (10,67%), até a economia nacional encerrar o ano de 2021 com alta de 10,06%.
Este resultado superou a meta do Banco Central (BC), que previa que o ano fosse concluído no patamar inflacionário de 5,25%. Por sua vez, o descumprimento da meta, em relação à banda superior do objetivo a ser perseguido pelo BC, foi o maior em quase 20 anos, uma vez que, em 2002, o “estouro” foi de mais de 7 pontos porcentuais.
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Os dados sobre dezembro e o fechamento de 2021 ainda não foram divulgados por alguns países, desta forma nestes casos, o estudo levou em consideração a taxa em 12 meses até novembro do ano passado. É o caso da Argentina, onde a inflação ao consumidor acumulava 51,2% em 12 meses até novembro.
Na Turquia, o índice saltou 36,08% de janeiro a dezembro, um recorde em 20 anos, em meio à intervenção do presidente Recep Tayyip Erdogan no Banco Central do país, com pressão para reduzir juros.
O índice chinês acumulou 1,50% no ano passado. Já a economia americana teve a maior alta de preços desde junho de 1982 (7%), também ultrapassando a meta de 2,0%.
