Inflação dos EUA sobe 0,2% em junho e vai a 3,0% em 12 meses

O núcleo do CPI teve queda de 0,2% em junho e de +4,8% na base anual

O índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI) acelerou 0,2% na base mensal, após alta de 0,1% em maio, segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Departamento do Trabalho americano. Com isso, a inflação desacelerou de 4,0% para 3,0% no acumulado em 12 meses.

O indicador ficou abaixo do estimado pelo consenso Refinitiv de analistas, que apontava para alta de 0,3% na leitura mensal e inflação de 3,1% em 12 meses.

Segundo o Departamento do Trabalho norte-americano, a alta no índice de habitação, com aceleração de 70%, e o índice de seguros automotores refletiram na alta da CPI. 

O índice de alimentos subiu 0,1% em junho, após alta de 0,2 % no mês anterior. Os preços dos alimentos, por sua vez, ficaram estáveis, embora o índice de alimentação fora do domicílio tenha avançado 0,4% em junho. Os preços da energia cresceram 0,6% no mês.

Payroll: EUA criam 209 mil vagas de emprego em junho

Dados do Payroll apontaram que os EUA criaram 209 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês de junho, abaixo das expectativas. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (7), pelo Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu de 3,7% para 3,6% no mês, com o número de desempregados indo para 6 milhões.

De acordo com o consenso Refinitiv, a expectativa era de que os empregadores criassem 225 mil vagas de emprego no mês de junho. Já a projeção para a taxa de desemprego era de 3,6%.

No que diz respeito aos ganhos dos funcionários do setor privado não agrícola, em junho, houve um aumento de 12 centavos, ou 0,4%, totalizando US$ 33,58. Ao longo dos últimos 12 meses, os salários médios por hora aumentaram 4,4%. 

A semana de trabalho média para todos os funcionários com folha de pagamento privada não agrícola aumentou para 34,4 horas em junho. Na indústria manufatureira, a semana média de trabalho permaneceu inalterada em 40,1 horas, e as horas extras permaneceram em 3,0 horas.

Além disso, houve revisões nos dados de emprego para os meses anteriores. A variação no emprego total em abril foi revisada para baixo em 77.000, passando de +294.000 para +217.000. Já a variação em maio foi revisada para baixo em 33.000, de +339.000 para +306.000. Com essas revisões, o emprego combinado em abril e maio ficou 110.000 abaixo do que havia sido relatado anteriormente.