Inflação dos EUA avança 6% em fevereiro

Apesar de estar longe da meta de 2%, banco central dos EUA pode reduzir juros

A inflação cheia, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês) variou 0,4%, em fevereiro. Com isso, a inflação na base anual ficou em 6%, próximo às estimativas do mercado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pelo Departamento do Trabalho.

Os números refletem uma queda no indicador, que apresentou uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o CPI registrou aumento de 0,5%, em janeiro, e de 6,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Apesar de a inflação ainda estar longe da meta de 2%, o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) pode cortar suas taxas de juros na reunião da semana que vem. A decisão deve ser influenciada pelo colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e agora do Signature Bank.

A quebra dos bancos e o risco para o sistema financeiro prometem desacelerar a economia no país norte-americano, por mais que o governo tenha tomado medidas para evitar uma contaminação generalizada, como aconteceu na crise de 2008.

Inflação por setor

Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o aumento no CPI está relacionado a uma alta nos preços do índice de moradia, que responde por mais de 70% do aumento no período.

O índice de energia, em fevereiro, caiu 0,6% na base mensal, enquanto o índice de alimentação avançou 0,4% no período.

Em relação ao núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, as altas foram de 0,5% no mês e de 5,5% na base anual, ante leituras de 0,4% e 5,6% em janeiro, na mesma base de comparação.