Prevê solavancos

Inflação na zona do euro está voltando a meta de 2%, diz Lagarde

“Temos muitos desafios, mas acredito realmente que estamos agora caminhando em direção a um caminho desinflacionário", disse Lagarde

Christine Lagarde, presidente do BCE / Foto: Divulgação
Christine Lagarde, presidente do BCE / Foto: Divulgação

A presidente do Banco Central da Europa, Christine Lagarde, afirmou nesta sexta-feira (14) que está confiante de que a instituição está no caminho certo para fazer a inflação retornar aos 2%. Contudo, ela entende que o progresso nos próximos meses será difícil.

A autoridade monetária não quis comentar sobre os solavancos nos mercados financeiros originados na França, onde as ações despencaram em meio a receios sobre a política que também podem gerar temores sobre inflação e saúde financeira.

“Temos muitos desafios, mas acredito realmente que estamos agora caminhando em direção a um caminho desinflacionário que terá seus pequenos soluços aqui e ali – o que chamamos de solavancos na estrada”, declarou Lagarde, conforme informações do “Valor”.

Argentina: inflação cai em maio, mas taxa anual ainda é a maior do mundo

Dados referentes ao mês de maio mostram um recuo da inflação na Argentina – provavelmente o nível mais baixo desde 2022.

Porém, com a inflação anual ainda próxima aos 300%, a maior do mundo, argentinos ainda não conseguem sentir os benefícios, visto que os preços de alimentos superam os salários.

A taxa de inflação mensal deve ter caído pelo quinto mês consecutivo em maio, provavelmente para menos de 5%, abaixo do pico de mais de 25% em dezembro, quando Milei assumiu o cargo e desvalorizou drasticamente o peso.

Mas Laura Basualdo, uma comerciante de 53 anos, disse ao InfoMoney que muitas pessoas estão tendo dificuldades para comprar produtos, pois o poder aquisitivo foi corroído pela inflação constantemente alta.

“Sou comerciante e muitas vezes vejo o cliente do outro lado que, claramente, se meus preços não forem bons para ele, ele sai para procurar outras ofertas”, disse Basualdo.

Milei celebra ‘milagre econômico’ na Argentina, mas a que custo?

Economista e professora de MBAs da FGV, Carla Beni explicou ao BP Money a estratégia utilizada pelo Governo Milei para atingir o chamado “milagre econômico”. A especialista pondera que o presidente vem cumprindo sua promessa de produzir o superávit, mas com alguns custos.

De acordo com Beni, o governo realizou cortes, congelando as despesas e deixando que a inflação de mais de 200% as corroessem, aumentando, assim, a receita via imposto inflacionário.

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