O índice ICF (Intenção de Consumo das Famílias), medido pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) subiu em junho, tanto na comparação com o mês de maio (0,5%), quanto na comparação anual (5,1%).
Este mês, o índice foi para os 102,2 pontos, a terceira alta consecutiva, indicou a entidade.
Dos sete tópicos usados para cálculo do ICF, seis apresentaram aumento de maio para junho: emprego atual (0,2%); renda atual (1,5%); nível de consumo atual (1,7%); perspectiva profissional (0,5%); perspectiva de consumo (0,9%); e momento para duráveis (0,5%).
Acesso ao crédito, por sua vez, foi o tópico que apresentou estabilidade no período.
Ainda de acordo com a CNC, houve aumento nas duas faixas de renda analisadas, na ótica da pesquisa. Entre famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, a alta foi mais intensa, de 0,6%, enquanto as famílias com renda acima de 10 salários mínimos tiveram alta de 0,2%.
Intenção de consumo das famílias: alta é sinal positivo, mas deve ser visto com cautela
Em nota, a CNC comentou que o resultado de intenção de consumo, mesmo sendo positivo, deve ser visto com cautela.
Isso porque há outros fatores, de conjuntura macroeconômica, que também precisam ser levados em consideração, na hora do brasileiro consumidor, salientou a entidade.
“A necessidade de equilibrar o crédito, a manutenção da inadimplência e a incerteza no mercado de trabalho levam as famílias a serem mais cautelosas com seu consumo”, afirmou, em comunicado, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.