Intenção de consumo das famílias sobe 1,1% no mês de agosto

O patamar do ICF (Intenção de Consumo das Famílias) foi de 82,1% em agosto, o maior desde abril de 2020 

A ICF (Intenção de Consumo das Famílias) alcançou o patamar de 82,1%, o maior desde abril de 2020, no mês de agosto, demonstrando uma alta de 1,1% no índice em comparação com julho. Já na comparação anual, o índice avançou 17,0%.  

O ICF (Intenção de Consumo das Famílias) mantém uma tendência de alta desde janeiro de 2022. Porém, o índice ainda assim está abaixo do patamar desejado, de 100 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, segundo a Confederação.  

O componente que avalia a Perspectiva Profissional foi o único a apresentar uma retração na passagem do mês de julho para agosto, registrando uma queda de 0,3%, para 100,8 pontos.  

Os demais componentes do ICF só registraram alta, sendo eles, o índice de Emprego Atual (alta de 0,9%, para 110,1 pontos), Renda Atual (alta de 1,9%, para 96,2 pontos), Acesso ao Crédito (alta de 1,3%, para 83,3 pontos), Nível de Consumo Atual (alta de 2,8%, para 65,1 pontos), Perspectiva de Consumo (alta de 0,8%, para 78,0 pontos) e Momento para Compra de Bens Duráveis (alta de 1,2%, para 41,4 pontos).  

“O resultado para o mês de agosto foi fortemente baseado no consumo das famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos. Para esse grupo, a intenção de compras subiu 3,3%; para o grupo de menor renda, o ICF apresentou variação de 0,4%, o que indica estabilidade”, afirma o CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em nota.  

Alta no acesso ao crédito 

O acesso ao crédito em agosto registrou alta de 4,3% em relação ao mês anterior, satisfazendo as famílias mais ricas. Já em relação às famílias de renda mais baixa, o acesso ao crédito subiu apenas 0,4%.  

“Apesar do aumento do auxílio para as famílias de menor renda, esses consumidores estão cautelosos, principalmente pela inflação em nível ainda elevado, alto endividamento e custo do crédito crescente”, afirma a economista Catarina Carneiro, responsável pela pesquisa da CNC. 

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