Começou, nesta segunda-feira (13), um julgamento no Tribunal de Apelação da Concorrência de Londres sobre abuso de posição na loja de aplicativos de iPhone e iPad, a App Store.
Segundo a agência Bloomberg, a Apple se defenderá das alegações de que obteve altos lucros ao utilizar sua joga de aplicativos para abusar de sua predominância no mercado. Este caso se trata do primeiro julgamento de uma ação coletiva do Reino Unido contra uma empresa de tecnologia.
“Ela conseguiu obter lucros exorbitantes da App Store porque é monopolista no mercado relevante”, alegaram os advogados dos reclamantes, em documentos preparados para o caso.
Caso pode virar modelo
Já a defesa da Apple, segundo a agência, alega que os usuários não sofreram nenhuma perda, pois a conduta da Apple é legal e suas comissões são razoáveis e justas. O julgamento tem previsão de durar sete semanas, as informações foram apuradas pelo jornal Valor econômico
Rachael Kent, a principal reclamante no caso aberto em 2021, e seus advogados estimam que a Apple pode ser responsabilizada pelo pagamento de mais de 1,5 bilhão de libras (US$ 1,8 bilhão) para compensar usuários da Apple no Reino Unido que pagaram por aplicativos ou assinaturas desde outubro de 2015.
Além disso, uma decisão no caso pode sinalizar como os juízes verão essas novas ações coletivas, que acusam as empresas de tecnologia mais poderosas do mundo de roubar os consumidores.
Apple (AAPL34) busca participar no julgamento antitruste da Google
A Apple (AAPL34) manifestou interesse em participar do próximo julgamento antitruste da Google (GOGL34) nos EUA. A ação trata da movimentação do governo norte-americano em promover livre concorrência no setor no país.
A Apple indicou que não pode confiar na Google para proteger os contratos de compartilhamento de receita que rendem bilhões de dólares anualmente à companhia. Esses contratos se baseiam na decisão da Apple de fazer do Google o mecanismo de busca principal em seu navegador Safari.
A equipe jurídica da gigante confirmou, na segunda-feira (23), que a empresa não pretende criar seu próprio mecanismo de busca para rivalizar com o Google, independentemente da continuidade desses pagamentos.
Em 2022, o acordo da Apple com a Google teria gerado uma receita estimada de US$ 20 bilhões.