Dentro das projeções

Ata do Fomc confirma corte de juros, mas o condiciona a dados positivos

Dados recebidos pelos membros do FOMC elevaram a confiança de que a inflação está caminhando para a meta de 2%

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EUA / Foto: Freepik

A ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed (Federal Reserve), divulgada nesta quarta-feira (21), deu sinais muito esperados pelo mercado. Segundo o documento, a ampla maioria dos dirigentes acredita que “seria apropriado cortar as taxas” de juros na próxima reunião.

Contudo, os membros do Fed condicionaram o movimento à continuidade de dados econômicos dentro das previsões.

Além disso, dados recebidos pelos membros do Fomc elevaram a confiança de que a inflação está caminhando para a meta de 2%. Nesse sentido, vários dos participantes chegaram a dizer que o “progresso recente na inflação”, somado à taxa de desemprego, forneceu “um caso plausível para um corte de 25 pbs (pontos-base) já na reunião de julho”.

Contudo, muitos dos que participaram da reunião pontuaram que reduzir as taxas de juros tarde ou cedo demais poderia enfraquecer indevidamente a atividade econômica do país.

O corte de juros nos EUA já é um consenso entre os mercados, mas analistas tinham dúvidas em relação à intensidade do corte.

Segundo a ata, o entendimento dos dirigentes é que os “riscos para o emprego aumentam”, enquanto para a inflação, foram reduzidos.

Ata do Fomc reduz perspectivas de crescimento econômico para o 2S24

A ata também apontou que foram rebaixadas as perspectivas para o crescimento econômico na segunda metade de 2024. O movimento ocorreu devido às condições do mercado de trabalho, que estão mais fracas do que o esperado.

“As informações disponíveis no momento da reunião indicavam que a atividade econômica dos EUA tinha avançado solidamente até o momento, mas a um ritmo marcadamente mais lento do que no segundo semestre de 2023”, diz a ata.

Dados revisados do famoso “payroll”, divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano, apontaram que os empregadores dos EUA podem ter adicionado 818 mil empregados a menos do que o esperado nos 12 meses encerrados em março.

De acordo com essas revisões, a economia do país pode ter adicionado aproximadamente 178 mil empregos por mês durante o período.