
O cidadão afegão apontado como principal suspeito de atirar em dois soldados da Guarda Nacional dos EUA, próximo à Casa Branca, percorreu 4,4 mil quilômetros de carro para cometer o crime. Informaram autoridades americanas nesta quinta-feira (27).
Uma militar morreu e outro segue gravemente ferido.
A promotora federal do Distrito de Columbia, Jeanine Pirro, identificou as vítimas como a especialista Sarah Beckstrom, de 20 anos, e o sargento Andrew Wolfe, de 24 anos.
Ambos estavam destacados em Washington, D.C., desde agosto pela Guarda Nacional da Virgínia Ocidental.
Beckstrom morreu nesta quinta-feira, enquanto Wolfe permanece em estado grave. Segundo o gabinete do governador da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, ele se encontrou com os familiares das vítimas e outros membros da Guarda Nacional.
O suspeito trabalhou anteriormente em uma unidade especial do Exército afegão apoiada pela CIA antes de emigrar para os EUA em 2021, de acordo com fontes ouvidas pela Associated Press sob anonimato.
Pirro afirmou que o suspeito, identificado como Rahmanullah Lakanwal, realizou um ataque “em estilo de emboscada” com um revólver Smith & Wesson .357. Segundo ela, ainda é cedo para determinar o motivo do crime.
A presença de tropas na capital e em outras cidades dos EUA tem sido um ponto de tensão política. O ataque ocorre na véspera do Dia de Ação de Graças e em meio a disputas judiciais e debates sobre o uso das Forças Armadas pelo governo Trump para lidar com o que descreve como criminalidade crescente.
Em agosto, Trump emitiu uma ordem de emergência que federalizou a força policial em Washington e enviou tropas da Guarda Nacional — medida que expirou um mês depois, mas manteve militares na capital.
Atualmente, quase 2.200 membros da Guarda estão designados para atividades como patrulhamento, checagem em rodovias e apoio a eventos esportivos. Após o ataque, mais 500 soldados foram enviados rapidamente à cidade.
O suspeito, que está sob custódia, também foi baleado, mas seus ferimentos não são considerados graves, segundo uma fonte da lei que falou sob anonimato à AP.