A atividade industrial global encerrou 2024 em queda, destacando os desafios enfrentados pelas economias diante de um ambiente macroeconômico instável e das incertezas em torno do novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos.
Os dados indicam uma desaceleração persistente, especialmente em grandes economias como Estados Unidos, Alemanha e China, como foi apurado pelo portal Exame.
Os índices de gerentes de compras (PMIs) globais confirmaram a retração, sinalizando uma contração da produção industrial pelo terceiro mês consecutivo. O cenário reflete uma combinação de alta inflação, custos elevados de insumos e redução da demanda global, afetada pelo aperto monetário em várias economias desenvolvidas.
Políticas protecionistas
Nos Estados Unidos, o retorno de Trump à presidência trouxe volatilidade aos mercados. Políticas econômicas previstas, incluindo redução de impostos corporativos, aumento de tarifas de importação e estímulos fiscais, têm gerado otimismo em algumas áreas, mas preocupam pela possibilidade de aumento do endividamento público e pressões inflacionárias.
A Europa também registrou queda na produção industrial, com a Alemanha, sua principal economia, enfrentando dificuldades no setor manufatureiro. Na Ásia, a China viu sua recuperação pós-pandemia desacelerar, enquanto outros mercados emergentes lidaram com o impacto da alta do dólar e da elevação de juros nos EUA.
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Apesar da queda, o resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, de 48,3. O número também superou a leitura preliminar, de 48,3. Índices abaixo de 50 indicam retração da atividade industrial.
Os dados norte-americanos são importantes pois ajudam o mercado a entender como está a economia dos EUA e quais devem ser as próximas decisões do Fed (Federal Reserve) sobre os juros. Analistas esperam menos redução da taxa neste ano, em um cenário de incerteza com a volta de Donald Trump à presidência.
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