Presidente da China, Xi Jinping. Foto: Reprodução
Presidente da China, Xi Jinping. Foto: Reprodução

O Banco Mundial elevou nesta terça-feira (7) sua previsão de crescimento para a economia da China referente ao ano vigente. A organização agora projeta um crescimento de 4,8%, antes 4% em abril. A nova previsão está mais próxima da meta oficial da China de crescimento de 5% no PIB (Produto Interno Bruto) em 2025.

A iniciativa tomou como parte de um aumento geral nas projeções para o Pacífico e o Leste Asiático, após um momento de tensão comercial, impulsionada pelas tarifas dos EUA que abalou a economia do mundo nos últimos meses.

Os economistas do órgão não forneceram uma motivação específica para a tomada de decisão, porém observaram que a economia chinesa se deu por beneficiada com o apoio do governo.

Tensão entre China e EUA

As relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo se excederam em abril, levando a um crescimento temporário das tarifas americanas sobre as importações chinesas para bem mais de 100%, antes que os dois países realizassem uma trégua comercial, em vigor até o meio de novembro.

No momento, as tarifas dos EUA sobre a China se encontram no patamar de 57,6%.

A China aumentou os estímulos ao varejo no final de 2024 e manteve programas de troca de produtos ao consumidor como apoio. As exportações chinesas, um dos principais impulsionadores do seu crescimento, continuaram a crescer até agora neste ano, com os embarques para o Sudeste Asiático e a Europa compensando a forte queda nas exportações para os EUA. O aumento da demanda das empresas antes do aumento tarifário ajudou a sustentar as exportações da China.

O crescimento deste setor ajudou o país a compensar os obstáculos ao crescimento doméstico, como a atual crise imobiliária e o baixo consumo.

O Banco Mundial projetou um crescimento de 4,2% em 2026, abaixo da atual projeção de 4,8%, puxada pelo baixo crescimento das exportações.