O Banco Mundial reduziu em quatro décimos de ponto percentual sua previsão de crescimento econômico global para 2025, para 2,3%, devido ao impacto da guerra comercial. O conflito deve afetar especialmente os Estados Unidos entre os países desenvolvidos, com um corte de nove décimos de ponto percentual em sua perspectiva. A avaliação foi divulgada pela instituição nesta terça-feira (10).
Excluindo os períodos de recessão global, o crescimento projetado seria o mais baixo em 17 anos, desde 2008.
O aumento das tensões comerciais e a incerteza política levaram o Banco Mundial a reduzir as projeções de crescimento para quase 70% das economias avaliadas.
Até 2026, a entidade espera que a economia mundial cresça 2,4%, três décimos abaixo da previsão anterior.
O Banco Mundial não prevê uma recessão global, mas alertou que, caso as projeções para os próximos dois anos se confirmem, o crescimento global médio nos primeiros sete anos desta década será o mais lento desde os anos 1960, conforme destacou a Exame.
Impacto da guerra comercial e perspectivas econômicas
O ritmo médio de crescimento do comércio global desacelerou ainda por conta da guerra comercial dos EUA, situando-se em 2,6% nesta década — metade do registrado há 20 anos.
A contração nos investimentos, provocada pela incerteza comercial, levou a entidade a projetar que os EUA crescerão 1,4% em 2025, nove décimos de ponto percentual abaixo do previsto em janeiro.
Para 2026, a expectativa é de um crescimento de 1,6%, uma queda de quatro décimos em relação à projeção anterior.
PIB brasileiro: Banco Mundial eleva projeção de crescimento para 2,8%
Um novo cálculo do Banco Mundial revisou de 1,7% para 2,8% a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2024. A instituição divulgou o número mais recente em seu relatório semestral para América Latina e Caribe.
O Banco apresentou uma estimativa menor que as projeções mais recentes do mercado, que rondam os 3%, segundo a mediana do Boletim Focus, além dos números do BC (Banco Central) e do Ministério da Fazenda (ambas em 3,2%).
Enquanto isso, a estimativa do banco para a expansão da economia brasileira no ano que vem se manteve em 2,2%, ao passo que a projeção para 2026 passou de 2% para 2,3%, segundo o “Valor”.