Javier Milei, presidente da Argentina / Creative Commons
Javier Milei, presidente da Argentina / Creative Commons

Os principais bancos dos EUA interromperam as conversas sobre o plano de resgate de US$ 20 bilhões para a Argentina, dizem informações publicadas pela Reuters e divulgadas pelo Wall Street Journal. A proposta – que envolvia JPMorgan Chase, Bank of America e Citigroup – foi arquivada devido a uma mudança na avaliação dos credores.

O pacote era complemento de um acordo de estabilização cambial firmado em outubro entre o Tesouro norte-americano e o governo sul-americano um pouco antes das eleições de meio de mandato. O objetivo era reforçar a disponibilidade de dólares em meio ao aperto das reservas internacionais da Argentina, disse o Times Brasil.

Segundo a publicação recente, os bancos agora avaliam o empréstimo de cerca de US$ 5 bilhões estruturado como acordo de recompra de curto prazo. O valor seria para cobrir obrigações de aproximadamente US$ 4 bilhões com vencimento em janeiro. As negociações seguem em estágio inicial e podem ser alteradas. Os três bancos citados não comentaram.

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, disse à Reuters no início de novembro que um empréstimo de grande porte “pode não ser necessário”, mas indicou que o banco poderia avaliar formas alternativas de financiamento à Argentina.

Argentina nega existência do plano

Após a publicação da reportagem do Wall Street Journal, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, declarou que o governo não tratou com os bancos norte-americanos sobre um pacote de resgate de US$ 20 bilhões.

“Nunca conversamos com os bancos sobre um resgate, nem sobre 20 bilhões. É apenas mais uma ‘operação’ cujo único propósito é criar confusão”, escreveu Caputo na rede social X.

Ainda segundo a Reuters, Caputo reiterou que, embora exista o acordo de estabilização cambial assinado com o Tesouro dos EUA, não houve discussões sobre aportes adicionais conduzidos por instituições financeiras.

EUA quadruplicam importação de carne bovina da Argentina

Os EUA estão quadruplicando a cota tarifária de carne bovina da Argentina para 80 mil toneladas com o objetivo de reduzir os preços, disse uma autoridade da Casa Branca nesta quinta-feira (23). Informações da Reuters, via g1.

Novidade havia sido adiantada pelo próprio Donald Trump no domingo a repórteres a bordo do Air Force One.

Paralelamente, Anna Kelly, a porta-voz da Casa Branca, afirmou que o presidente Donald Trump havia se comprometido a proteger os pecuaristas e dar alívio econômico aos norte-americanos comuns.